PeléReprodução

Rio - Os fãs de esporte do mundo inteiro estão preocupados com a saúde do Rei Pelé. Considerado o maior atleta de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, de 80 anos, está internado desde o fim do mês passado, após ter sido diagnosticado com um tumor na região do cólon. O Jornal O Dia entrevistou o cirurgião geral Hélio de Oliveira Castro Filho para abordar a situação envolvendo o Rei do Futebol. O médico afirmou que o diagnóstico precoce da doença aumenta consideravelmente a possibilidade de cura.
"Em caso de diagnóstico precoce, a possibilidade de cura é de mais de 90%", disse o doutor, que também falou sobre o caso específico do Rei do Futebol. "Ele se submeteu a um exame no fim de agosto e foi detectada uma lesão suspeita no cólon direito, uma parte do intestino grosso. Depois, ele passou por uma operação em setembro para retirar parte do intestino grosso como tratamento definitivo. A parte é retirada para que se faça uma análise para saber a extensão do tumor e a malignidade do mesmo. E para saber se há alguma metástase e se existe a possibilidade de fazer quimioterapia", afirmou.
De acordo com o doutor Hélio, por conta da idade avançada de Pelé, dificilmente, o Rei do Futebol irá se submeter a um tratamento de quimioterapia. "Provavelmente devido a idade do Pelé, ele não deverá fazer um tratamento mais agressivo, porque tumor em idosos, mesmo em caso de câncer, costuma ter um avançando menos acelerado. Devido ao metabolismo do idoso ser mais lento. E também porque a quimioterapia em idosos gera por muitas vezes efeitos muito danosos a saúde do idoso", disse.
A doença costuma alterar os hábitos intestinais do paciente. De acordo com o médico, a pessoa que apresenta tumor no cólon pode apresentar diarreia intercalada com constipação intestinal. Além de anemia, causada pela perda de sangue nas fezes e dores abdominais. A doença costuma ser diagnosticada em um exame médico.
"Prevenção é colonoscopia (exame) em pessoas acima de 50 anos e a cada cinco anos repetir. Ou em pessoas acima de 40 anos quando existe uma situação de câncer na família das pessoas. E aí o ideal é repetir a cada três anos. Outra forma é um rastreamento para saber a quantidade de sangue nas fezes e aí dependendo do resultado, realizar uma colonoscopia", disse.