Presidente do Barcelona, Joan Laporta tenta recuperar o clube financeiramenteAFP

Em grave crise financeira, o Barcelona apresentou nesta quarta-feira o resultado da auditoria contratada para avaliar as contas. E o resultado não foi bom, como esperado. Somente na última temporada, o prejuízo foi de de 481 milhões de euros (cerca de R$ 3 bilhões), muito em função das despesas recordes, de 1,1 bilhão de euros (R$ 7 bilhões).
Contratada pela atual gestão, a auditoria apontou falhas graves nos anos anteriores, sob o comando de Josep Maria Bartomeu. Nos últimos três anos, o aumento na folha salarial foi de 61% e a dívida total chegou a 1,35 bilhão de euros (R$ 8,55 bilhões) até março de 2021. Se jogadores não tivessem sido liberados, segundo o clube, a folha de pagamento chegaria a 835 milhões de euros (R$ 5,29 bilhões), valor 108% acima das receitas.
Apesar de o prejuízo também ter sido influenciado pela brusca queda de arrecadação durante a pandemia de Covid-19 (menos R$ 1,4 bilhão em relação a 2019-2020), diretor-geral Ferran Reverter considerou a gestão anterior como "nefasta e improvisada" e falou até mesmo em risco de falência caso o Barcelona fosse uma empresa.
"Em março, nos encontramos com patrimônio líquido negativo. Se fosse uma empresa de sociedade anônima, seria uma falência contábil. A dívida e os compromissos futuros eram de 1,35 bilhão de euros", explicou Ferran, completando.
" Quando acabar a investigação, o Barça decidirá qual é a melhor forma de proceder, se uma ação de responsabilidade ou outro tipo de ação judicial. Decidiremos. Agora, seria precipitado dizer".
* Com informações do Estadão Conteúdo