Sede da CBF, no Rio de JaneiroDivulgação / CBF

Rio - A CBF receberá dirigentes da Fifa e da Conmebol nesta semana para avaliar a situação política da entidade. A duração da visita não foi confirmada, mas era prevista para ocorrer entre segunda e quarta. Entretanto, de acordo com o 'ge', as últimas informações mostram que o encontro pode ser mais curto e terminar ao fim desta segunda-feira (8). 
Ao Brasil, devem vir o diretor de assuntos jurídicos da Fifa, Emílio Garcia (espanhol), e o gerente jurídico da Conmebol, Rodrigo Aguirre (Paraguai). A dupla pretende ouvir dirigentes do futebol brasileiro para, com isso, entender se o impacto das decisões da Justiça comum significam algum tipo de violação aos estatutos da Fifa e da Conmebol.
No dia 7 de dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento de Ednaldo Rodrigues e de seus vice-presidentes. O TJ-RJ entendeu que um acordo entre CBF e Ministério Público, realizado em fevereiro de 2022 para definir normas eleitorais da entidade, deveria ser anulado.

Além disso, determinou que um interventor (José Perdiz, presidente do STJD) deveria assumir o comando da entidade para convocar uma eleição em até 30 dias úteis.
A decisão foi mantida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça. Porém, na última semana, em recurso apresentado pelo PC do B, o ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu anular a decisão do TJ-RJ.
Dessa forma, Ednaldo Rodrigues voltou ao cargo de presidente da CBF e a eleição que deveria ser convocada por Perdiz foi cancelada. Rapidamente, Ednaldo demitiu Fernando Diniz do cargo de técnico da Seleção e contratou Dorival Júnior, que estava no São Paulo.

No último mês, a Fifa e a Conmebol enviaram cartas à CBF, declarando que não reconheciam o interventor nomeado pela Justiça Comum. Também não passou despercebido que a decisão que devolveu a presidência a Ednaldo foi tomada em recurso apresentado por um partido político.