Operação Hooligans prendeu três suspeitos pelo ataque a ônibus do FortalezaDivulgação / Polícia Civil de Pernambuco
Presos por ataque ao Fortaleza têm ligação com organizada e são reincidentes
Investigação da polícia pernambucana aponta para crime premeditado por torcida do Sport
A Polícia Civil de Pernambuco apresentou um balanço das investigações que culminaram na operação que prendeu três pessoas envolvidas no ataque ao ônibus do Fortaleza, a cerca de 7 km da Arena Pernambuco. Segundo as apurações, o ataque foi feito por membros da organizada do Sport 'Torcida Jovem do Leão'.
Há outros quatro suspeitos que estão foragidos. Todos eles integraram três "bondes" que se uniram para realizar o ataque, após a partida entre os dois clubes pela Copa do Nordeste, em 22 de fevereiro. Ao todo, foram 14 mandados de prisão e busca.
A investigação aponta que um dos presos foi responsável pela bomba, enquanto os outros dois organizaram a caravana até o local do ataque. As prisões acontecem quase um mês depois do ocorrido, mas as investigações continuam e a polícia promete que a Operação Hooligans está apenas na primeira fase.
"Estamos perto de prender os outros quatro foragidos. Um, já temos a informação que está fora do estado de Pernambuco. Essa é só a primeira fase da operação. Um dia é da caça, e outro, do caçador. Vamos chegar em todos", garantiu o delegado titular da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva, Raul Carvalho.
Segundo ele, muitos dos suspeitos têm outras passagens pela delegacia por violência. O delegado ainda acredita, após as apurações, que o crime já havia sido premeditado.
"Essa situação não é mais isolada o ataque foi proposto à torcida organizada do Fortaleza (Leões da Tuf), que é rival Jovem do Leão. Então esse é um dos elementos que a gente precisa levar em consideração", acrescentou.
No dia 22 de fevereiro, o ônibus que transportava os jogadores do Fortaleza foi atacado de madruga, com pedras e bombas após deixar a Arena Pernambuco, em Recife, onde a equipe enfrentava o Sport pela Copa do Nordeste.
O atentado deixou seis jogadores do Fortaleza feridos. Os casos mais graves foram do lateral argentino Escobar, que precisou levar 13 pontos no rosto e teve trauma cranioencefálico, do goleiro João Ricardo, que tomou seis pontos na cabeça, e do zagueiro Tite, que passou por cirurgia para retirada de estilhaços de vidro da panturrilha.
O lateral-direito Emanuel Brítez, o volante Lucas Sasha e o lateral-esquerdo Dudu tiveram ferimentos mais leves.
Punição ao Sport
Na última terça-feira (12), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) condenou o Sport a jogar oito partidas com portões fechados pelo ocorrido. O clube pernambucano pretende recorrer da decisão no Pleno.
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