Daniel Alves Arquivo / Uilses Ruiz / AFP

Espanha - A mãe de Daniel Alves, Maria Lucia Alves, desabafou em suas redes sociais sobre as amizades do jogador. As postagens vêm em momento onde o pai de Neymar se recusou a pagar a fiança para que o brasileiro deixe a prisão em Barcelona.
"Seu amigo de verdade está aqui, meu filho, e nunca vai te abandonar. Deus sabe de todas as coisas. Te amos até o infinito e além.", escreveu Maria Lúcia.
Na sequência, ela compartilhou uma montagem com várias fotos de Daniel com amigos e familiares.

"Amigos que nunca irão te abandonar, meu filho. Amor incondicional está aqui. Juntos até o infinito e mais além."

"Os falsos vão embora, o de verdade ficam. Família a base de todo, o nosso porto seguro.", finalizou Maria.
Na tarde de ontem (22), o jornal espanhol "La Vanguardia" divulgou que o pai de Neymar iria pagar a fiança para tirar Daniel Alves da prisão, após a justiça do país conceder ao jogador a liberdade provisória, mediante o pagamento da multa. No entanto, em nota, o empresário negou o pagamento e afirmou ter ajudado o lateral apenas para diminuir a possível pena do ex-Barcelona.
"Como é do conhecimento de todos, em um primeiro momento, ajudei Dani Alves, sem nenhum vínculo com qualquer processo. Neste segundo momento, em uma situação diferente da anterior, em que a justiça espanhola já decidiu pela condenação, estão especulando e tentando associar o meu nome e do meu filho a um assunto que hoje não nos compete mais. Espero que o Daniel encontre junto à sua própria família todas as respostas que ele procura. Para nós, para minha família, o assunto terminou. Agora ponto final.", declarou.
Entenda o caso
Condenado em fevereiro por estupro contra uma mulher de 23 anos, Daniel Alves teve o pedido de liberdade provisória concedido pela Justiça espanhola na última quarta-feira. O Tribunal de Barcelona decretou a fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) para o brasileiro. O jogador também não poderá sair da Espanha e vai entregar os passaportes em seu nome (brasileiro e espanhol) à Justiça local, além de comparecer semanalmente no Tribunal. Ainda cabe recurso contra a decisão. Ele alega inocência e recorre da sentença pelo crime de agressão sexual.
Em paralelo, o Superior Tribunal da Justiça da Catalunha (STJC) avalia dois recursos no processo que condenou Daniel Alves. Um do Ministério Público, que pede uma punição maior, de nove anos de prisão. Novamente, o argumento é de que há risco de fuga do jogador, mesmo depois de cumprido o tempo de prisão. Após o período em cárcere, Daniel Alves também tem mais cinco anos de liberdade vigiada e quase dez anos de manutenção de distância da vítima. A defesa espera absolvê-lo no STJC. Caso isso não aconteça, ainda há como recorrer no Tribunal Supremo de Madri, órgão máximo da Justiça espanhola. O mesmo rito processual vale para a acusação do Ministério Público.

O Tribunal de Barcelona, na Espanha, havia condenado Daniel Alves a quatro anos e seis meses de prisão pelo estupro de uma mulher de 23 anos em uma boate da cidade, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena, sendo proibido de se comunicar ou se aproximar da vítima. O crime ocorreu em dezembro de 2022, dias após a participação do jogador na Copa do Mundo do Catar com a seleção brasileira.