John Textor alega ter provas de manipulação de resultados no futebol brasileiroVitor Silva / Botafogo
STJD deve descartar relatórios de inteligência artificial como provas de manipulação
John Textor alega ter provas de resultados adulterados no futebol brasileiro
Rio - O Superior Tribunal de Justiça Desportiva não deve considerar inteligência artificial como provas de manipulação de resultados. Nas últimas semanas, relatórios com base em IA, produzidos pela empresa "Good Game", foram utilizados por John Textor, dono majoritário da SAF do Botafogo, para fundamentar denúncias. O vice-presidente do STJD, Felipe Bevilacqua, explicou a situação.
"Nós precisamos identificar especificamente todos os detalhes, todo o contexto de como isso ocorreu, quem está envolvido, se efetivamente esse erro foi doloso ou não. Não basta identificar o erro. Os árbitros erram a todo momento porque é uma pessoa como todos os outros (...) Quando você vem com diversos elementos e mais a inteligência artificial, você tem ali quase uma certeza do que efetivamente ocorreu", disse ao "ge".
John Textor seria julgado na última terça-feira (9) por conta das declarações após a derrota por 4 a 3 diante do Palmeiras, no Brasileirão do ano passado. O processo corre desde novembro. Textor foi denunciado três vezes no artigo 243-F (ofensa à honra) e uma no 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem ou o local da partida). Porém, o vice-presidente do STJD, Felipe Bevilacqua, pediu vista do processo.
Na próxima segunda (15), o executivo americano será julgado pelo Tribunal por outro motivo: pela denúncia sem provas sobre manipulação de resultados no futebol brasileiro. Textor afirma ter provas de manipulação em jogos de Palmeiras, São Paulo e Fortaleza. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, cobrou que o executivo apresente as provas e pediu o seu banimento do futebol, caso não as apresente.
No último dia 3, o empresário depôs à Polícia Civil do Rio e disse que foi por vontade própria. Ele deixou o local após três horas de depoimento e perdeu o primeiro tempo da partida entre Botafogo e Junior Barranquilla, da Colômbia, no Nilton Santos, pela Libertadores. Entretanto, na sexta-feira, a corporação desmentiu a versão do executivo e afirmou que ele foi intimado a depor.
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