Wilson Seneme é o presidente da Comissão da Arbitragem da CBFFoto: Norberto Duarte/AFP

Rio - Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme rebateu as acusações feitas pelo vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz. Após o empate em 1 a 1 contra o Red Bull Bragantino, no último sábado (4), o dirigente acusou o VAR de ter interferência externa. Ele ficou na bronca com a arbitragem pela revisão da expulsão de Luan Cândido, onde uma falta de De La Cruz foi anotada, e um possível pênalti em cima de Luiz Araújo que não foi marcado.
"Ninguém pode falar com os árbitros durante o jogo. Existe uma comissão de clubes brasileiros, composta por membros das séries A, B, C e D. E estamos convidando essa comissão para que fique observando a cabine do VAR e vendo o trabalho que eles realizam. É um convite para que vejam como funciona o trabalho. Não posso responder de outras épocas, que talvez o WhatsApp funcionasse. Hoje, eu garanto que não funciona", disse Seneme, à ESPN.
Todavia, Seneme admitiu que o VAR está demorando nas tomadas de decisão, algo que vem o incomodando bastante. 
"Estamos trabalhando para melhorar esses tempos. Tenho estatísticas que posso mostrar que esses tempos já diminuíram. É um foco, um problema, algo que a gente precisa trabalhar. Eu mesmo quando estou assistindo digo 'não estou entendendo porque está demorando tanto'. A gente vai trabalhar para diminuir esse tempo de checagem", ponderou.
Ele ainda comentou as denúncias de John Textor, afirmou que não irá dar "vitrine" para o dono da SAF do Botafogo e revelou que estará presente na próxima sessão da CPI que investiga manipulação no futebol, no Senado, na próxima quinta (16).
"Há muita manifestação quanto a isso (falas de Textor). Sou uma pessoa convidada e estarei no dia 16 na CPI do Senado, vou prestar todos os esclarecimentos e tudo que eu posso falar sobre a arbitragem brasileira. Não vou ficar dando vitrine para coisas que não têm base e nem referência", finalizou.