MaracanãDivulgação / Prefeitura do Rio
Proposta do Consórcio Fla-Flu prevê jogos e um show para 100 mil por ano
Flamengo terá maior participação econômica em relação ao Fluminense
Rio - O Consórcio Fla-Flu confirmou o favoritismo e venceu a concorrência pública pela licitação do Maracanã. Com a maior nota da combinação da proposta técnica (peso de 60%) e a financeira (peso de 40%), Flamengo e Fluminense vão administrar o Complexo Maracanã pelos próximos 20 anos. A dupla projeta uma média de 77 jogos, além de um show para 100 mil pessoas por ano.
A proposta técnica da dupla Fla-Flu prevê realizar um evento de grande porte por ano, sempre em janeiro, no período das férias dos clubes. A receita média estimada por evento será de R$ 700 mil. O intuito é limitar o número de grandes eventos no estádio durante esse período para não prejudicar a manutenção do estádio. Já eventos de pequeno porte serão realizados no Maracanãzinho — previsão de 10 por ano.
O resultado da vitória do Consórcio Fla-Flu ainda será oficializado pelo governo do Rio de Janeiro no Diário Oficial nos próximos dias. A dupla ampliou a margem para os concorrentes na proposta técnica, quando ofereceram o máximo de jogos. O Vasco e a WTorre, por exemplo, tiveram datas do Brusque e Santos descartadas, o que prejudicou a pontuação. Já a Arena 360 foi desclassificada por não atender o mínimo.
Além da vitória na proposta técnica, que tem maior peso, a dupla Fla-Flu também venceu na proposta financeira. A oferta do Consórcio Fla-Flu tem uma outorga anual de R$ 20.060.864,12. O Flamengo, como líder do consórcio, terá maior participação econômica com direito a 65%, enquanto o Fluminense ficará com os 35% restantes. Isso, no entanto, não reflete na receita dos jogos de cada um.
O documento entregue pelo Consórcio Fla-Flu prevê um investimento de R$ 393 milhões nos próximos 20 anos na manutenção do Complexo Maracanã, sendo R$ 316 milhões no Maracanã e R$ 76 milhões no Maracanãzinho. Ou seja, o Rubro-Negro terá que investir R$ 255,5 milhões, enquanto o Tricolor apenas R$ 137,5 milhões. O mesmo vale para a outorga a ser paga ao governo do Estado e eventual saldo de lucro anual.
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