Rio - O treinador do Manchester City, Pep Guardiola, abordou a questão do calendário que tem gerado irritação nos clubes europeus. O espanhol, de 53 anos, afirmou que algo só poderá ser mudado a partir da mobilização dos jogadores.
"Muitas, muitas vozes estão falando sobre isso. Se algo vai mudar, deve vir dos jogadores. O negócio pode ficar sem gerentes, sem treinadores, sem diretores esportivos, sem mídia, sem donos, mas, sem os jogadores, não pode ser jogado. Não é só o Rodri, são muitos, muitos jogadores, e não só neste país, mas, no mundo todo, as pessoas estão começando a falar, então veremos", afirmou nesta sexta, em contato com repórteres.
Nesta semana, o meia Rodri, de 28 anos, do City, afirmou que os jogadores estão avaliando uma possibilidade de greve no futebol europeu por conta do grande número de partidas que os clubes estão se submetendo na temporada atual.
"Acho que estamos perto disso (greve). É fácil de entender. Se você perguntar a qualquer jogador, ele vai dizer o mesmo. Não é apenas a opinião do Rodri ou de outro jogador. Acho que esta é a opinião geral dos jogadores", declarou o meio-campista do City e da seleção da Espanha.
Pelo novo formato da Liga dos Campeões, os clubes farão dois jogos a mais na primeira fase, agora de pontos corridos. No caso do City, o time terá que disputar ainda o Mundial de Clubes, no meio do ano que vem, ao fim da atual temporada europeia.
A criação do campeonato é um dos principais alvos de insatisfação dos jogadores, principalmente através da FIFpro, o sindicato dos atletas. A entidade abriu um processo judicial contra a Fifa sobre suas competições ampliadas, que incluem a primeira Copa do Mundo masculina de 48 equipes em 2026.
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