Coletiva do goleiro Ederson, da seleção brasileiraRafael Ribeiro/CBF

São Paulo - Ederson admitiu que a Seleção não vive "um período muito bom" e mostrou entender a impaciência dos torcedores. Por isso, na entrevista coletiva desta terça-feira (8), ele ressaltou que o grupo precisa dar uma resposta imediata. O goleiro pontuou as vitórias são importantes para a retomada de confiança do Brasil.
"Depois do ciclo do Tite, vieram dois treinadores: Ramón; e o Diniz. Agora o Dorival, com pouco tempo de trabalho. Claro que quando se fala de seleção brasileira, gera expectativa. As pessoas querem respostas rápidas, bom futebol e vitórias, mas o processo leva muito tempo", disse Enderson.
"Nós, jogadores, sabemos da impaciência por parte dos torcedores e da imprensa também, das cobranças, mas temos que dar uma resposta imediata e começar ganhando jogos primeiro, que é o mais importante nesse momento, para retomar a nossa confiança. Temos que retomar a confiança do melhor futebol do mundo, jogar e apresentar um bom futebol e trazer a torcida de volta", completou.
Ederson costuma ser o reserva da Seleção, mas deve ganhar oportunidade entre os 11 iniciais por causa da lesão de Alisson. Nesta data Fifa, a Seleção enfrentará o Chile, em Santiago, na quinta-feira (10). Posteriormente, na terça (15), recebe o Peru em Brasília.
"Eu e acho que todos os atletas viemos para a Seleção com a ambição de jogar. Claro que depende muito de circunstâncias. Eu sempre trabalhei bem, sempre trabalhei firme e forte para poder jogar se optarem por mim e estar preparado. Infelizmente, por causa da lesão de um companheiro... Mas como falei, jogadores lesionados acabam gerando oportunidade para jogadores que vêm treinando bem, jogando, atuando bem nos seus clubes".
"Espero estar apto para ajudar a Seleção. Sabemos da importância desse próximo jogo. Espero estar 100% focado. Inclusive, foi meu primeiro jogo oficial com a seleção brasileira nas Eliminatórias. Foi contra o Chile, e poder voltar contra o Chile novamente vai ser um sabor especial para mim".

Veja mais declarações de Ederson:

Ederson, goleiro da seleção brasileira e do Manchester City  - Vitor Silva/CBF
Ederson, goleiro da seleção brasileira e do Manchester City Vitor Silva/CBF
JOGO CONTRA O CHILE
"Os números... Muita gente conta com isso, mas eu conto com o momento de cada seleção. Não estamos num período muito bom, assim como o Chile. Ambas as equipes vão querer vencer o próximo jogo, mas temos que demonstrar mais, trabalhar mais, nos dedicar mais e retomar onde deveríamos estar, que é no topo da tabela".
"O mais importante é voltar às vitórias. Com as vitórias, automaticamente acaba retomando a confiança e o bom futebol. Nesse primeiro momento, o mais importante é a vitória. Vamos trabalhar bem, vamos trabalhar duro e nos dedicar ao máximo para conquistar esse objetivo".
INJUSTIÇADO?
"Injustiçado eu acho que não. Todo treinador tem que tomar a decisão, só 11 jogadores podem iniciar. Com a qualidade dos jogadores que temos, principalmente nas duas últimas Copas do Mundo, (o técnico) acabou optando pelo Alisson. Continuei trabalhando, continuei me dedicando da mesma forma, nunca abaixando a cabeça para, quando a oportunidade surgir, eu estar preparado. Continuo com a mesma convicção, de treinar bem, me dedicar ao máximo para poder jogar uma Copa do Mundo e estar entre os 11".
PRIMEIRO DIA
"Fizemos um treino mais tático, mais posicional ali, com um pouco de finalização na parte ofensiva, e a parte de trás fazendo parte defensiva. Todos nós sabemos o momento que estamos vivendo nessa competição. Temos que retornar, dar a volta por cima. Há muitos jogadores novos e muitos desfalques. Mas os desfalques acabam gerando muitas oportunidades. Então, espero que todos os jogadores que tenham oportunidades saibam nos ajudar".
MUDANÇA COM EDERSON NO GOL?
"A princípio, não conversamos nada, mas teoricamente vamos manter o mesmo padrão, tentar iniciação curta. Depende da forma de pressionar da equipe adversária, do adversário que enfrentamos, mas acaba sendo uma linha de escape. Assim como no City, acabou sendo muito utilizado. Espero que, se o Chile venha fazer uma pressão alta, eu possa ser utilizado nesses momentos, que podem ser muito importantes para nossa construção".