Gabriel Martinelli em ação na vitória do Brasil sobre o ChileRafael Ribeiro/CBF

O elenco da seleção brasileira sabe da necessidade de melhorar o desempenho para um ciclo mais calmo visando a Copa do Mundo de 2026. No entanto, se não dá para brilhar como em outros tempos da Amarelinha, que, ao menos, vá somando pontos nas Eliminatórias. Assim pensa o atacante Gabriel Martinelli, do Arsenal.
Em entrevista coletiva concedida neste sábado (12), em Brasília, onde o Brasil recebe o Peru na terça-feira (15), o jogador citou o cenário no clube inglês para comparar o momento atual da Seleção.
"Acho que temos que nos doar ao máximo. Qualidade sabemos que temos. Uma coisa que temos muito no Arsenal é que temos que ganhar a qualquer contexto e aqui na Seleção não é diferente. Sabemos o tamanho da responsabilidade por vestir essa camisa e temos que sempre procurar ganhar todos os jogos, independentemente de jogar bem ou mal. Claro que queremos jogar bem e mostrar um bom futebol para os torcedores. Trabalhamos para que isso aconteça, mas temos que ganhar as partidas, que é o mais importante", disse o atacante.
Assim como na vitória de virada por 2 a 1 sobre o Chile, em Santiago, a tendência é que Martinelli inicie o duelo com os peruanos no banco de reservas. Para o jogador, sem preocupação quanto à titularidade.
"Eu tenho que fazer o meu trabalho bem feito. Claro que eu quero jogar, quero ser titular, mas sei da qualidade que o time tem e dos jogadores que temos. Deixo isso com o professor Dorival. Tento fazer o meu trabalho bem feito no Arsenal, aqui dou meu máximo e a opção é dele. Só tenho que trabalhar firme", destacou.
Martinelli não se esquivou quando questionado sobre a má fase da seleção brasileira. Pressionados, os jogadores vivem momento complicado sob o comando de Dorival Júnior, mas com vontade de reverter isso para uma trajetória com menos cobranças e mais elogios.
"Vir para Seleção é um privilégio. Todos nós, não apenas os jogadores, mas todos os que já sonharam em vestir a camisa da Seleção. Ter essa oportunidade é um privilégio, falo por mim e por todos que estão aqui felizes por representar o país. Todos os jogadores querem mudar esse momento não tão bom da Seleção e dar alegria para o nosso povo. É uma alegria imensa, um privilégio e um orgulho. Todo mundo que joga futebol mesmo que de brincadeira já sonhou com isso. Vivemos esse sonho com muito orgulho."

Veja outras respostas de Gabriel Martinelli:

Estilo do Brasil
"Ainda não vimos o nosso jogo, mas quando se fala da Seleção em qualquer partida você entra para ganhar em qualquer lugar do mundo. Essa é a mentalidade. Vai ser um jogo bem difícil, mas podem ter certeza de que vamos buscar a vitória o jogo todo."
Arteta e Dorival Júnior
"São estilos bem diferentes, mas com o mesmo propósito de atacar, ter a bola e ter mentalidade vencedora. Minha vontade de querer ganhar todos os jogos é o que posso adicionar para o grupo."
Processo de renovação
"Acho que todo time e seleção em algum ponto precisa de uma renovação. Há muitos jogadores vindo agora, o Estêvão, o Endrick, o Savinho, que tem sido titular... A gente tenta abraçar e dar o suporte para que consigam jogar o futebol deles. Não é fácil jogar pela Seleção. É o sonho de todos, mas não é fácil. Os moleques estão fazendo isso de uma forma muito boa e estamos tentando apoiá-los."
Experiência
"Com certeza é diferente quando você já tem um tempo vindo para a Seleção, você passa a ter um pouco mais de intimidade e liberdade com o pessoal. É diferente da primeira vez. Mudaram muitos jogadores, agora são muitos jovens com experiência e é um privilégio fazer parte deste grupo, vestir a camisa da Seleção."