Chegada dos torcedores do Peñarol na Cidade da Polícia, no dia 23 de outubroRenan Areias/Agência O Dia
Ex-presidente do Peñarol visita torcedores presos no Rio e passa orientações
Jorge Barrera advoga para os uruguaios detidos por crimes cometidos na praia do Recreio
Rio - Ex-presidente do Peñarol, o advogado Jorge Barrera visitou os 11 torcedores que ainda estão presos no presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro. Ele passou orientações e segue em busca da liberdade dos detidos.
Na próxima terça-feira (12) ocorrerá uma audiência em relação ao menor de idade que segue detido. O ex-presidente do Peñarol também se encontrou com os dez torcedores que tiveram a prisão preventiva convertida para medidas cautelares.
Apesar da conversão da pena para medidas cautelares, os dez torcedores ainda precisam cumprir uma série de obrigações. Eles estão proibidos de deixar o Brasil e precisam comparecer ao Juizado do Torcedor de dois em dois meses para comprovar residência e suas atividades até o julgamento.
Horas antes do jogo de ida da semifinal da Libertadores, contra o Botafogo, no dia 23, torcedores do Peñarol se envolveram em confusão na orla da praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os vândalos assaltaram pedestres e comerciantes, além de quebrarem mesas e cadeiras de quiosques e incendiarem motos.
Momentos antes do início do tumulto, os agentes do Batalhão Especializado em Policiamento de Estádios (BEPE) que estavam na região foram chamados para atender a um caso de furto de celular dentro de um estabelecimento comercial. Após buscas, o aparelho foi localizado com um torcedor e a ocorrência encaminhada à delegacia.
Bombas de efeito moral foram lançadas pelos policiais para tentar contornar o conflito que começou pouco antes de 12h (de Brasília). Depois de quase uma hora e meia, o Batalhão de Choque chegou ao local junto de outras equipes do comando de policiamento especializado. A demora, inclusive, foi uma das reclamações de cidadãos presentes no entorno.
A partir de então, torcedores começaram a ser rendidos. Um deles passou muito mal e foi levado do sol para a sombra antes de ser atendido pelos bombeiros. Ao todo, mais de 250 pessoas foram detidas e uma pistola foi apreendida. Entre os detidos, 21 foram presos, incluindo dois que possuem proibições em estádios por conta de delitos em jogos no Uruguai, conforme alertado pela Interpol.
Em audiência de custódia, 10 dos 21 torcedores presos tiveram a prisão preventiva convertida para medidas cautelares. Os torcedores foram autuados por diversos crimes, como porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, também responderão por artigos do Estatuto do Torcedor.
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