Rio - Após temporada digna de todos os elogios até outubro, o Botafogo despencou nos últimos dois meses e terá um dezembro para refletir muito sobre os erros cometidos na reta final, fatais para que o time não chegasse novamente à Libertadores da América. Pouco ficou daquele time que encantou ao longo de dez meses, sobretudo pela organização tática e entrega em campo.
O Botafogo que chega ao fim do ano é versão pálida da equipe que foi às quartas de final da Libertadores e esteve perto de eliminar o campeão Grêmio, jogou a semifinal da Copa do Brasil e se manteve no G-7 do Brasileiro durante 14 rodadas consecutivas saiu nas duas últimas.
Para se ter uma ideia da queda do time, desde a eliminação para o Grêmio na Libertadores, no dia 20 de setembro, foram 14 jogos, com aproveitamento de apenas 38%. No Nilton Santos, um dos pilares da boa campanha, a situação foi terrível: a equipe jogou sete vezes e ganhou somente duas aproveitamento de 33,3%, de clube rebaixado à Segundona.
Num 2018 que se anuncia de enorme dificuldade financeira, a diretoria terá a missão de reorganizar uma casa outrora bem arrumada, mesmo com esforço e dificuldade, mas que agora parece ter enfrentado um vendaval.
Jair Ventura reconhece que o fim de temporada foi traumático, mas lembra que o time fez muita coisa boa antes. E lamenta: "A torcida fica muito triste, se afasta ainda mais do nosso estádio. Temos que reverter tudo de novo." No Botafogo, o ano de 2018 será mesmo de recomeço.