John Textor, dono da SAF do BotafogoVitor Silva / Botafogo

Rio - Desde sua chegada ao Brasil, o americano John Textor, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, tem chamado a atenção por sua dedicação ao Glorioso. Em entrevista ao programa "O Grande Círculo", do SporTV, o presidente do São Paulo, Julio Casares, comentou sobre seu encontro com o empresário, durante uma reunião sobre a Libra, e rasgou elogios ao americano.
"Até pela vocação do americano, ele vê a produção, o cenário, como um grande atrativo. Senti isso nele. Hoje você pega iluminação horrorosa, gramados ruins, logística ruim. Para vender o produto, tem que ter um teatro, um palco bonito. Ele vem com essa expertise do show. Foi muito bem recebido, ficou impressionado, assinou e eu fiquei com boa impressão do Textor. O futebol brasileiro tem um investidor vibrante, porque não adianta ser investidor frio. Está incorporando o Botafogo de Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos, isso é importante. Eu saúdo muito a vinda dele. Aliás, os clubes SAFs, Botafogo, Cruzeiro e Vasco entraram na Libra, porque quem põe dinheiro em clube sabe que a liga é o caminho desse retorno também no investimento", disse.
Ainda na entrevista, Julio Casares chegou a dizer que a Libra é a maior oportunidade que o futebol brasileiro tem, e que os dirigentes das equipes precisarão ter maturidade para fazer a liga dar certo.
"Para mim, tenho convicção que é a maior oportunidade que o futebol brasileiro tem. Vai depender da maturidade dos dirigentes, do equilíbrio e de achar que vai perder um pouquinho, mas vai ganhar no bolo no futuro. Vai ter dinheiro para todo mundo, vai ter investidor. Tenho convicção, por isso demos passo incisivo e está crescendo a adesão do clubes. A CBF vai homologar, vai cuidar da seleção brasileira, tribunais, arbitragens, normatização, governança, mas o Campeonato Brasileiro tem que ser feito pelos clubes, ouvindo os patrocinadores, os veículos que patrocinam, que são os maiores patrocinadores. É nesse bolo que temos que ter a maturidade. Senão vira a liga do botequim. Todo mundo é a favor, mas na hora de sentar “eu quero mais, meu time vale mais”. O diálogo está sendo permanente, construir juntos para termos um futebol sustentável", finalizou o presidente do São Paulo.