John Textor é o dono da SAF do BotafogoVítor Silva / Botafogo

Rio - O Botafogo segue se movimentando para reestruturação financeira após décadas de crise e deu um passo importante para isso. O Glorioso protocolou na última terça-feira (19) o plano de Recuperação Extrajudicial para pagamento de dívidas cíveis avaliadas em aproximadamente R$ 444 milhões, sendo diluídos nos próximos 13 anos. 
O percentual de aceitação entre os credores foi acima de 60%, o que possibilitou a abertura de tal modelo para negociação direta do passivo do clube - o acordo indicava que, caso a maioria aceitasse, todos entrariam no plano aberto no começo de fevereiro. As informações são do site "ge".
No modelo adotado, serão três formas de pagamento: À vista (curto prazo), longo prazo e em cima de um valor fixo. No primeiro, o Botafogo pagará o valor do crédito reconhecido em uma parcela única em até 10 (dez) dias da homologação do Plano de Recuperação Extrajudicial ou até 31 de março, com desconto de 90% sobre o valor atualizado do crédito.
O segundo terá carência de dois anos após a homologação, e permite que o pagamento da dívida seja feito em até 156 meses com 40% de desconto em cima do valor atualizado de crédito. Já no terceiro é indicado um pagamento único de R$ 20 mil o valor do crédito reconhecido pelo Botafogo, em até 60 dias. O credor em questão renuncia aos saldos presentes que ultrapassem o valor aprovado do parcelamento.
Em um primeiro momento, o Botafogo foi inserido no RCE (Regime Centralizado de Execuções), que organizava as dívidas do clube em uma fila. O pagamento aos credores era feito em cima de 20% da receita mensal.
Recuperação Extrajudicial
A Recuperação Extrajudicial é um acordo fechado entre devedor e credores para facilitar o pagamento das quantias pendentes. O formato se assemelha à Recuperação Judicial, mas sem a intervenção de um administrador das dívidas que seja do Poder Judiciário.