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Entenda como o Goiás venceu a concorrência de clubes da Série A e se curvou ao Volta Redonda para contratar Alef Manga
Esmeraldino contratou o atacante por empréstimo até dezembro, mas suou a camisa até conseguir sacramentar a negociação
Por Venê Casagrande
O Goiás anunciou de maneira oficial a contratação do atacante Alef Manga junto ao Volta Redonda por empréstimo até dezembro. O que poucos sabem é que o Esmeraldino teve que suar a camisa para vencer uma forte concorrência, que contou com clubes da Série A, e conseguir fazer com que o Voltaço topasse a oferta.
Mesmo sendo um clube da Série C do Campeonato Brasileiro, o Volta Redonda estava disposto a só liberar Alef Manga, seu principal jogador na temporada 2021, se, de fato, o negócio fosse bom para o clube e não apenas para o jogador. Antes de esquentar as conversas com o Voltaço, o Goiás seduziu o atacante e ofereceu um salário dez vezes maior do que o jogador recebia na Cidade do Aço, passando de R$ 9 mil para R$ 90 mil durante o empréstimo.
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Depois de ter o "ok" do estafe de Alef Manga, o Esmeraldino foi conversar com o Volta Redonda e logo percebeu que não teria vida fácil. A diretoria do Voltaço batia o pé e só iria aceitar se a proposta fosse nos termos financeiros decididos internamente. Além do jogo duro da equipe carioca, o Esmeraldino tinha que vencer a disputa com Botafogo, Bahia e Fortaleza, outras equipes que formalizaram proposta oficial para ter o jogador.
As ofertas dos três clubes citados acima não foram aceitas pelo Volta Redonda. O Botafogo queria por empréstimo de graça e tendo direito à taxa de vitrine em futura venda. Negado. O Fortaleza fez oferta de 300 mil por 10% dos direitos econômicos e opção de compra de R$ 1,3 milhão em dezembro, ao término do empréstimo, por mais 50%. Negado. O Bahia recebeu os números desejados pelo Voltaço e não respondeu mais.
O Goiás foi o único que aceitou os números pedidos pelo Volta Redonda e topou esperar o término do Campeonato Carioca do Voltaço, que aconteceu no último sábado após a derrota para o Flamengo. Tanto é que minutos depois do jogo, o Esmeraldino anunciou a contratação. A proposta aceita foi: R$ 500 mil no empréstimo até dezembro, sem pegar nenhum percentual do jogador, com 50% de passe fixado em R$ 1,3 milhão até o fim do ano. Detalhe: o valor da opção terá que ser pago à vista.
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O Goiás, mesmo após ter visto sua primeira proposta de 300 mil pelo empréstimo ser negada , foi o único a continuar as negociações para ter Alef Manga. Uma fonte do time goiano, ao ser perguntado sobre a postura do Volta Redonda nas tratativas, foi sucinto: "Eles são duros na queda".
NEGÓCIO DA CHINA?
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Alef Manga chegou ao Volta Redonda após um bom trabalho da equipe de captação do clube. O atacante foi contratado em 2020 junto ao Coruripe de graça e ainda "mordendo" 50% dos direitos econômicos do atleta. Ou seja, Como o Voltaço tem 50% de qualquer transação financeira que envolva o atacante, se o Goiás exercer a opção de compra em dezembro fatura mais R$ 650 mil (totalizando R$ 1.150 milhão no empréstimo + venda) e ainda continuará com 25% de futura venda.
Internamente, o Volta Redonda comemora o desfecho positivo e entende que conseguiu por em prática o discurso de que não aceitaria liberar o artilheiro do Campeonato Carioca por "qualquer esmola", frase utilizada por uma fonte do Voltaço.
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O cenário foi o mesmo com Saulo Mineiro. Contratado pelo Volta Redonda em 2019 junto ao CRAC, o atacante não custou nada aos cofres do clube e depois saiu para o Ceará. O Voltaço lucrou R$ 700 mil com a ida do jogador para o Ceará e ainda manteve 10% em uma futura venda.