Thuler em ação pelo time francêsDivulgação Montpellier

De reserva no Flamengo a jogador importante no Montpellier. Esse é o cenário que Matheus Thuller vive atualmente na (ainda) curta carreira. Emprestado pelo Rubro-Negro ao time francês até junho de 2022, o jovem zagueiro, de 22 anos, tem aproveitado as oportunidades nos primeiros meses na Europa e começou de titular nos cinco primeiros duelos do campeonato nacional. 
A reportagem entrevistou Thuler para saber mais da adaptação do zagueiro ao futebol francês, as dificuldades nesse processo, carinho pelo Flamengo, falta de oportunidades no time carioca, duelo com o trio badalado do PSG formado por Mbappé, Messi e Neymar, e muito mais.
Thuler assinando contrato válido até junho de 2022 - Divulgação Montpellier
Thuler assinando contrato válido até junho de 2022Divulgação Montpellier
VEJA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA COM THULER:
A adaptação ao futebol francês aconteceu melhor do que você imaginou?
"Acredito que sim. Acho que o fato de ter começado a estudar a língua francesas dois meses antes da minha chegada aqui me ajudou bastante. Ainda não sei a maior dificuldade, o Flamengo não deixa a desejar para nenhum clube da Europa, mas acredito que o tempo que trabalhei com o Jorge Jesus tenha me capacitado para estar aqui e me adaptando bem."
Em relação ao futebol, você vê muito diferença para o futebol brasileiro?
"A diferença de estrutura é gigantesca, aqui não tem campo ruim, só excelente, todos os estádios seguem um padrão. Vejo o campeonato Francês muito forte e em evolução."
Lamenta não ter recebido mais oportunidades no time profissional do Flamengo?
"Eu acho que Deus sabe o tempo de tudo. Lógico que gostaria de ter tido mais oportunidades, até porque sempre que fui exigido e, na minha visão, eu correspondi. Respeito a opinião de todos os treinadores que trabalhei, mas estou focado em crescer aqui na Europa. Não posso me dar o luxo de ficar lamentando o que já passou."
Você pensa em retornar ao Flamengo ou acha que o melhor é trilhar o seu caminho no futebol europeu?
"Sou cria do Flamengo e ainda sou atleta do clube (contrato até 2024). Tenho enorme gratidão por todos que lá estão, mas quando decidi aceitar esse desafio, eu coloquei na minha cabeça que vou vencer aqui na Europa. Estou me esforçando muito por isso e estou muito feliz com meu momento aqui no Montpellier."
Qual foi o jogador mais difícil de marcar até agora no futebol francês?
"Acredito que tenha sido o Payet, do Olympique de Marseille. Apesar da derrota, eu fiz um bom jogo e pude reencontrar Gérson, um grande amigo que fiz no Flamengo e ficou para vida."
Thuler marcando Payet, do Olympique de Marselha - Divulgação Montpellier
Thuler marcando Payet, do Olympique de MarselhaDivulgação Montpellier
Por falar em amizade no Flamengo, acredito que você continue mantendo contato com jogadores do time carioca. Tem conversado com eles e acompanhado a equipe?
"Lógico que acompanho e falo com muitos jogadores. Tenho alguns amigos, na verdade irmãos. Matheuzinho, Neneca (Hugo Souza), Batista (Gabriel Batista) e Léo pereira... falo com muitos na verdade."
Já pensou em como parar o trio Messi, Neymar e Mpabé quando o Montpellier enfrentar o PSG?
"Com esses três jogadores não dá para pensar muito. A estratégia é entrar focado, concentrado e rezar para tudo dar certo. Mas acredito que eu tenha mais a ganhar do que perder nesse confronto. Feliz por enfrentar esses ídolos mundiais. Saí do "fraldinha" do Flamengo e olha onde eu vim parar. Só gratidão."