Taça da Copa do MundoFoto: Adam BERRY / AFP

Nesta terça-feira, a rede de supermercados REWE anunciou que encerrou o contrato de patrocínio com a Federação Alemã de Futebol. A decisão foi tomada pelas declarações do presidente da Fifa, Gianni Infantino, e pela polêmica das braçadeiras de capitão "One Love". 
"Para nós, o futebol significa, entre outras coisas, jogo limpo, tolerância e solidariedade - também defendemos esses valores. Nós defendemos a diversidade – e o futebol também é diversidade. Vivemos esta atitude e defendemos esta atitude – mesmo contra possíveis resistências. A posição escandalosa da FIFA é totalmente inaceitável para mim como CEO de uma empresa diversa e como torcedor de futebol", disse o CEO do REWE Group, Lionel Souque.
A REWE, vale destacar, já havia comunicado à Federação em outubro que não daria mais continuidade à parceria. A decisão da época não tinha nenhuma relação com a Copa do Mundo. 
"Após as atuais decisões da FIFA e as declarações do presidente da FIFA, Infantino, porém, a empresa vê-se chamada a se distanciar claramente da posição da FIFA e a renunciar a seus direitos de publicidade do contrato com a DFB - especialmente no contexto da Copa do Mundo . A empresa anunciou isso ao DFB (Federação Alemã de Futebol) hoje", disse um trecho da nota divulgada pela REWE.
 
A braçadeira "One Love" seria usada pelos capitães de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça. Ela é uma forma de apoio à causa LGBTQIAP+ - comunidade que é reprimida no Catar.
No início deste mês, inclusive, o embaixador da Copa do Mundo, Khalid Salman, chegou a afirmar que ser gay é "haram" - isto é, algo proibido. A FIFA, por sua vez, ficou do lado do país do Oriente Médio. Endureceu o discurso e ameaçou punir financeiramente e dar cartão amarelo aos jogadores. Assim, as seleções em questão desistiram de usar a braçadeira.