AlissonAFP

Catar - Alguns nem repararam que o goleiro Alisson Becker raspou a barba e depois o bigode. A explicação é simples: as câmeras raramente focam no goleiro brasileiro, que não recebeu um único chute direto a gol em 194 minutos de jogo na Copa do Mundo do Catar.
O goleiro do Liverpool, considerado pela Fifa o melhor da sua posição em 2019, saiu intacto dos duelos do Brasil diante de jogadores perigosos como os sérvios Aleksandar Mitrovic, Dusan Vlahovic e Dusan Tadic e os suíços Granit Xhaka e Breel Embolo.

"Alisson está muito focado no que quer", disse Thiago Silva, capitão de um time cujos jogadores ofensivos costumam atrair os holofotes.

A seleção brasileira venceu as 'Águias' por 2 a 0 na estreia na quinta-feira passada e a 'Nati' por 1 a 0 na segunda-feira, já sem contar com os lesionados Neymar e Danilo.

Ao vencer a Suíça, garantiu a classificação para as oitavas de final, faltando uma rodada para o encerramento do Grupo G, que é completado com Camarões, próximo adversário, na sexta-feira, no estádio Lusail.

Somando as duas seleções europeias, elas deram oito chutes a gol (quatro para cada), mas nenhum na direção do gol de Alisson, que aos 30 anos participa de sua segunda Copa do Mundo depois da Rússia-2018.

Dessa forma, o Brasil, um dos favoritos ao título, se tornou o segundo time a não receber chutes a gol nos dois primeiros jogos de uma Copa do Mundo, segundo medição da Opta feita desde a Copa de 1966. A primeira foi a campeã França em 1998.