Marcos UchôaReprodução
"Que camisa 10, que líder, que pessoa você ia preferir ao seu lado? Alguém que compartilha sua alegria? Ou alguém que tem inveja dela?" escreveu o jornalista.
"Teria ajudado o próprio Neymar se quando ele tivesse entrado na seleção ainda tivesse jogando o Kaká, o Ronaldinho Gaúcho, o próprio Adriano, que tinha idade para isso mas que por razões diversas já não estava na seleção. Então, quando o Neymar entra na seleção ele já é o dono do time, no sentido de qualidade, inevitavelmente era ele. Não é muito bom você já entrar se sentindo o máximo, porque é bom você aprender onde você está pisando antes de você ser o cara. Nesse time agora, você tem outros jogadores, o Vinícius Júnior, Rafinha, o Paquetá que viram o Neymar na época em que eram muito novinhos, tem o Neymar como o grande ídolo e tem uma reverência em relação a isso. E às vezes existe essa coisa de querer dar a bola para o dono do time ao invés de você mesmo ter a confiança e fazer o que você acha que deveria fazer. Isso também acontece em outras seleções. É muita responsabilidade", analisou Uchôa, que acrescentou:
"Eu acho que as críticas que se fazem ao Neymar fora do campo elas são em partes compreensíveis. Como brasileiros, temos uma cultura de festa, uma cultura de prazer, de se divertir e é muito difícil para um jogador de futebol, que tem tudo, em termos de dinheiro, de oportunidades, de festas e de convites, você se privar disso no auge da sua juventude. É muito louco você esperar isso de uma pessoa. O Neymar de fato curte a vida e isso cobra um preço físico e que isso influi nas atuações dele".
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