Seleção brasileira em atividade no CatarLucas Figueiredo/CBF

Ronaldo Fenômeno e alguns jogadores da seleção brasileira presentes no Catar para a Copa do Mundo foram alvos de críticas nos últimos dias após jantarem carne banhada a ouro na famosa churrascaria Nusr-Et, do chef Salt Bae. O preço assustou os fãs brasileiros: R$ 9 mil por 24 quilates banhando o bife.
Nas redes sociais, os torcedores se dividiram quanto às opiniões enquanto vídeos e fotos eram vazados mostrando o momento de descontração de parte do elenco com o ex-jogador. Nos tópicos principais, estão "ostentação" e "hipocrisia".
Um dos principais críticos sobre o jantar das estrelas foi o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande, que relacionou o comportamento dos jogadores aos problemas sociais enfrentados pelo Brasil.
"São 62 milhões de pessoas que não têm café da manhã, almoço e janta. Mas os ídolos deles, quando aparecem numa matéria, eles estão comendo bife com ouro. Eu acho isso completamente desrespeitoso. Além de ostentar, além de ser no meio de uma Copa do Mundo, além de qualquer coisa", desabafou.
O mais atacado dos jogadores da Seleção foi o zagueiro/lateral Éder Militão, que esteve envolvido recentemente em polêmica quanto ao pagamento de pensão à filha pequena - nas disputas judiciais, o jogador luta por um quantia de apenas cinco salários mínimos.
Um dos pivôs do caso, Ronaldo Fenômeno deu sua opinião em entrevista ao podcast "Podpah", classificou o episódio de repercussão negativa como discurso de ódio, e saiu em defesa dos atletas que o acompanhavam.
"Se comeu a carne folheada a ouro, problema do cara. […] É uma puta experiência gastronômica também, e você está em um lugar que provavelmente não vai voltar. Não tem nada de errado, inclusive se você for com um pouquinho de bom senso, pode ser inspirador para outras pessoas. Tem coisas que é melhor a gente ignorar completamente, mas você vê uma continuidade do discurso do ódio tão grande… Mas é uma inveja, uma covardia… é desproporcional."