Por fabio.klotz

Rio - Na política do bom, bonito e barato, o Flamengo passou de condenado ao fracasso a um dos favoritos ao título da Copa do Brasil. No Brasileiro, cada vez mais se afasta da zona de rebaixamento. Neste domingo, contra a Portuguesa, às 16h, no Castelão, o Rubro-Negro da austeridade tenta encaminhar a permanência na Série A comandado por Jayme de Almeida, que recebe R$ 60 mil por mês e deu um jeito no time, e com Hernane, atacante sem grife, cujo salário é de aproximadamente R$ 120 mil, na briga pela artilharia com 13 gols.

Hernane tem brilhado com a camisa do FlamengoMárcio Mercante / Agência O Dia

“O Hernane não tem grife, mas é um jogador que, com humildade e trabalho, tem feito as coisas acontecerem. Botou um objetivo na cabeça, uma meta, um caminho de fazer 30 gols no ano, e já está com 31. É um exemplo para todo mundo”, disse Jayme.

O técnico se mostra encantado com o Brocador: “Não é só gol. Ele ajuda muito na marcação da saída de bola, o que facilita a organização da nossa defesa. É muito gratificante ver esse menino se destacando. Não tem nome, mas trabalha pra caramba.”

Antes, Mano Menezes recebia cerca de R$ 600 mil no Flamengo. E Marcelo Moreno, contratado para ser titular no lugar de Hernane, tem salário de R$ 300 mil. Se a experiência interna mostra que vale a pena medir o custo-benefício para 2014, uma comparação com os rivais cariocas reforça a tese. No Botafogo, que levou 4 a 0 do Flamengo na quarta-feira, Oswaldo de Oliveira recebe R$ 380 mil por mês, e Rafael Marques, que tem dez gols no Brasileiro, R$ 200 mil. Vanderlei Luxemburgo ganha R$ 700 mil no Fluminense, e o clube paga R$ 900 mil por mês a Fred, que, embora já esteja na história do Tricolor, não joga desde o fim de agosto e tem só três gols no Campeonato Brasileiro.

No Vasco, o técnico Dorival Júnior ganha R$ 300 mil, e, com 11 gols no Brasileiro, André recebe R$ 200 mil, sendo que R$ 50 mil são pagos pelo Santos, seu ex-clube.

Você pode gostar