Por rafael.arantes

Rio - Entre as diversas lembranças dos torcedores rubro-negros, o título carioca de 2004 provoca a recordação de um volante raçudo e com a cara do Flamengo: Douglas Silva. Após disputar a Copa Rio pelo Ceres, o atleta, de 33 anos, planeja voltar a um clube de grande expressão e não se esquece da passagem pelo clube de coração.

"Sempre fui rubro-negro, sou muito feliz de ter defendido o clube. Tive a sorte de passar por clubes com uma imensa torcida, mas a do Flamengo dispensa comentários. São mais de 30 milhões, é uma verdadeira nação. É um amor incrível. Acabei de atuar pelo Ceres na Copa Rio, mas ainda sonho em voltar a um time de grande expressão, que tenha uma visibilidade maior", afirmou o jogador, que ainda aproveitou para analisar positivamente o atual momento do Flamengo e elogiar o trabalho de Jayme de Almeida:

"Fico feliz de ver o Flamengo agora. A equipe está cada vez mais encaixada, embalada. O trabalho do Jayme é incrível, ele é um cara que conhece o clube e que faz um trabalho com a cara do Fla. Tem o estilo e a essência do Rubro-Negro."

Douglas Silva já defendeu o FlamengoCarlos Mesquita / Agência O DIA

Dia a dia no Carnaval

Além do futebol, Douglas Silva agora tem outra rotina e se dedica à outra paixão dos cariocas: o Carnaval. Com os treinos e jogos do Ceres são sempre à tarde, o volante guarda o tempo livre para os ensaios da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel. Ritmista da bateria Não Existe Mais Quente, o jogador admite que a sensação do primeiro desfile, em 2012, relembrou até mesmo os tempos com a camisa do Flamengo.

"Foi uma sensação incrível, mas tem uma boa lembrança com o futebol. Meu primeiro desfile na bateria, assim que saímos do primeiro box, vivi uma sensação fora do comum. Milhares de pessoas vibrando com a Mocidade, como num jogo do Flamengo no Maracanã. Foi muito especial", disse Douglas Silva, que toca caixa.

Douglas Silva desfila na bateria da MocidadeRafael Arantes / Agência O Dia

Na preparação para o terceiro ano como ritmista, Douglas também revelou outra curiosidade. Mesmo desfilando relativamente há pouco tempo, o jogador tem uma grande ligação com o Carnaval desde pequeno: os pais torcem pela Mocidade e levavam o filho para a quadra da Verde e Branca.

"Olha, isso do samba já é um amor antigo. Por ser morador de Padre Miguel, sempre frequentei a escola, mas com a rotina no futebol era difícil fazer parte. Depois que diminuí com esse ritmo, passei a frequentar mais e desfilei na bateria pela primeira vez em 2012. Quando eu era pequeno minha mãe chegou a mandar fazer um "tarolzinho" para mim, e eu já começava a batucar. Agora ainda espero ser campeão no Carnaval para juntar aos títulos do futebol", afirmou Douglas, que, ao comparar a escola e o time do coração, exaltou uma vontade semelhante para Flamengo e Mocidade:

"Hoje, o meu desejo é dividido. Espero que o Flamengo consiga um lugar na Libertadores, seja no Brasileirão ou pela Copa do Brasil, assim como desejo que a Mocidade volte entre as campeãs do próximo Carnaval. São dois grandes amores, duas paixões", concluiu.

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