Rio - Serão aproximadamente R$ 60 mil vozes rubro-negras, amanhã, no Maracanã. Às 21h50, contra o Goiás, o Flamengo pode até perder por 1 a 0 que estará classificado para a final da Copa do Brasil. E a Nação já garantiu presença. Ontem, os pontos de venda ficaram lotados e, às 18h, restavam apenas 100 ingressos.
Foram vendidas 50.400 das 50.500 entradas disponíveis para a torcida rubro-negra. O restante da carga se divide entre a torcida do Goiás (6.500) e gratuidades, num total de 64.811. Uma força a mais que aumenta também a obrigação de classificação.
“Além da vantagem, tem a responsabilidade de representar 40 milhões de torcedores. Vamos levar para campo o trabalho que a diretoria tem feito, que às vezes não é muito comentado. O Wallim (Vasconcellos, vice de futebol) e o presidente (Eduardo Bandeira de Mello) estão fazendo um trabalho sensacional, tentando arrumar algumas coisas que estavam meio tortas”, disse Wallace, que dá um bico na euforia:
“Estamos bem longe (do título). Teremos um jogo contra o Goiás tão ou mais difícil que o da última quarta-feira. Temos que primeiro passar para a final e depois vencer mais dois jogos.”
Nesta segunda, os rubro-negros acordaram cedo para garantir lugar no jogo decisivo. Com bilheterias abertas desde às 10h, os torcedores fizeram filas imensas no Maracanã.
“Pelo Mengão vale tudo. É até bom que o Walter jogue mesmo. Já sei que vamos nos classificar e que depois do jogo o Chicão vai deitar no gramado e sair rolando para comemorar”, disse Wagner, 65 anos, cheio de confiança.
Já o estudante Felipe Santos, 17, preferiu a cautela: “Temos que estar atentos. Não dá para ter este pensamento de tudo ganho, já tivemos algumas surpresas nada agradáveis desse jeito. Mas não tem essa de medo de Walter, não. Ele vai ficar é rolando no gramado. Saí da aula e vim para cá comprar os ingressos, não dá para perder”.
Wallace ganha confiança
A história de Wallace em 2013 representa bem o ano do Flamengo: cheia de oscilações, mas que começa a se estabilizar na fase decisiva da temporada. Para o zagueiro, seu bom futebol apareceu quando ele teve sequência como titular.
“Críticas são normais. Numa equipe forte como a do Flamengo, tem que dar resultado imediato. Eu não jogava há dois anos, entrava pouco no Corinthians. Aqui, joguei, saí... Quando estava pegando confiança, saí. O Mano me deu sequência e começou a dar certo”, disse Wallace, que foi capitão no Fla-Flu.
Como ele, o Flamengo também patinou durante a temporada. Mas pode fechar o ano com um título nacional. Para Wallace, nada surpreendente.
“A partir do momento que o nosso time fez aquele jogo contra o Cruzeiro, a gente sabia que podia chegar”, concluiu.
Duelo ainda pode ter um desfalque de peso: Walter
Walter ainda não sabe se virá ao Rio para deitar e rolar contra o Flamengo, ou se ficará deitado no departamento médico do Goiás. O atacante treinava ontem com desenvoltura, arriscava jogadas de efeito e, sorridente, brincava com os companheiros. Mas cerca de 40 minutos depois deixou o campo lentamente, de semblante fechado, antes do término da atividade.
Embora o clube tenha informado que Walter cumpriu a programação sem sentir dor na coxa direita, ficou uma dúvida no ar. Para Wallace, o Flamengo tem que se preocupar com o time todo do Goiás:
“Pode ser que o Walter venha e faça diferença, ou não. Não estamos preocupados só com o ele, o time do Goiás é qualificado, senão não estaria perto do G-4 no Brasileiro. Jogaram sem o Walter e ganharam do Botafogo.”