Por fabio.klotz

Rio - Quando o céu rubro-negro parecia limpar, nova tempestade se avizinha. O suposto envolvimento do volante Luiz Antonio com um grupo de milicianos ameaça a atmosfera de recuperação do Flamengo no Brasileiro e faz a diretoria blindar o jogador. Companheiros de equipe foram orientados a não comentar o assunto e a ordem no clube é desassociar o futebol do caso de polícia.

Luxemburgo tem mais um problema para administrar no FlamengoMárcio Mercante

Só o departamento jurídico falará do caso e o diretor de futebol, Felipe Ximenes, mostrou apreensão com Luiz Antonio. O dirigente não quis gravar entrevista e limitou-se a dizer que está preocupado com a imagem do jovem, de apenas 23 anos. O volante deve ficar fora do jogo de domingo, contra o Coritiba.

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Visivelmente constrangido, o atacante Eduardo da Silva sequer disfarçou a censura e foi enfático quando questionado na coletiva: “Olha só, esse assunto não é para mim. Não quero comentar sobre isso”, despistou.

Na tarde desta terça-feira, o elenco se reapresentou no Ninho do Urubu. Os atletas que iniciaram a partida contra o Sport fizeram treino regenerativo, e os demais, físico. Experiente, o técnico Vanderlei Luxemburgo trabalha para que o problema extracampo não afete o ambiente do clube. No fim da atividade, Felipe Ximenes conversou de forma reservada com o treinador. Em 19º no Brasileirão, com 13 pontos, o Flamengo tem partida importante contra o lanterna Coritiba (12). Confronto direto na briga contra a degola.

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“O grupo está evoluindo com o passar do tempo. Com a chegada do Vanderlei, estamos jogando cada vez melhor. O ambiente está ótimo e, com o apoio da torcida, vamos crescer", frisou Eduardo da Silva.

'Croata' sofre com calor

A adaptação de Eduardo da Silva ao futebol brasileiro tem sido difícil, mas ganhou uma forcinha após o gol no Sport, seu primeiro no Maracanã. E, aos poucos, o "croata" ainda quebra a barreira do idioma. Há três semanas no Flamengo, ele confessa que sofre com o português e o calor escaldante do Rio.

Eduardo da Silva sofre com adaptação ao BrasilMárcio Mercante

“Às vezes eu raciocino em croata. Passei 15 anos morando fora e vinha ao Brasil só nas férias. Então, não tinha como recuperar ou manter o português bem. Cheguei aqui cru, mas já estou me sentindo melhor. Daqui a alguns meses estarei mais à vontade”, frisou.

No país do leste europeu, Eduardo pegou temperaturas de cerca de 20 graus negativos e se diz castigado com o sol carioca.

“Acostumar com o calor vai ser o mais difícil... Mas é questão de tempo”, decretou.

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