Rio - Nas areias da Praia de Ipanema, onde há 30 anos funciona uma escolinha de futebol do Flamengo, a bola não rola mais tão redonda. Além de revelar promessas com as bolas nos pés, o clube agora é uma referência pioneira no Brasil em formar jogadores de futebol americano, o esporte da bola oval que nos últimos tempos tem conquistado muito fãs no país. Para isso, a escolinha conta com o auxílio de luxo de Justin Bubar, coordenador ofensivo da equipe profissional de futebol americano do Flamengo.
“Estou feliz que o clube esteja investindo nessa iniciativa, pois o futebol americano cresce muito por aqui e tem tudo para ser muito popular”, afirmou.
LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Flamengo
A escolinha teve seu pontapé inicial em fevereiro, com aulas duas vezes por semana. E apesar da pouca intimidade com o esporte, já existem meninos que mostram boa desenvoltura. Caso de João Henrique, 9 anos, fã de Peyton Manning e do Denver Broncos, da NFL (liga profissional norte-americana), que mostra talento nos passes e na hora de receber a bola oval.
Para ele, são duas paixões em um só lugar: o futebol americano e o Flamengo.“Estou gostando muito de treinar no Mengão, é muito legal defender a camisa do meu time, ainda mais no futebol americano”, disse.
SELEÇÃO PASSA DIFICULDADE
Mesmo com toda euforia em torno do crescimento do futebol americano no Brasil, nem tudo são flores. O cornerback do Flamengo e da seleção brasileira Bruno Rosa, 21 anos, afirma que, sem patrocínio, os jogadores têm de pagar do próprio bolso as viagens internacionais. Em fevereiro, o Brasil conseguiu a classificação inédita para o Campeonato Mundial, que será em realizado em Ohio (EUA), em julho.
“Estamos fazendo sacrifícios para que a próxima geração de jogadores não passem dificuldades. Só de ver os garotos treinando na praia, vemos que o futuro será bem melhor”, disse Bruno.