Por fabio.klotz

Rio - Guerrero, que não faz gol há dois jogos, tem neste domingo, contra a Ponte Preta, às 16h, no Moisés Lucarelli, a chance de quebrar o pequeno jejum e estabelecer seu melhor começo em um clube. Além disso, pode superar artilheiros que passaram recentemente pelo Flamengo. O atacante já tem até funk em sua homenagem, mas precisa manter a mira em dia para cultivar a idolatria da qual já goza, apesar do pouco tempo de casa.

Guerrero afia a pontaria para levar o Flamengo à vitóriaCarlos Moraes / Agência O Dia

Em cinco jogos com a camisa rubro-negra, foram três gols. Artilheiro nas categorias de base do Alianza Lima, o peruano se transferiu para o Bayern de Munique aos 18 anos, em 2002. Apenas dois anos depois, ele estreou pelo time principal. Nas seis primeiras partidas, balançou a rede quatro vezes. Pelo Hamburgo, em 2006, passou em branco nos 14 primeiros compromissos. E em 2012, no Corinthians, só desencantou em seu sétimo jogo.

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Além disso, Guerrero pode superar os últimos artilheiros que fizeram a cabeça dos rubro-negros recentemente. Adriano, o Imperador, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2009, quando o Flamengo conquistou o hexa, fez quatro gols nos seus primeiros seis jogos daquele ano, quando voltou à Gávea. Em 2013, Hernane Brocador, que depois virou xodó da torcida, balançou a rede somente uma vez na mesma quantidade de partidas.

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Alecsandro também marcou quatro gols em 2014 nas seis partidas iniciais. Já Vágner Love, em 2010, teve média de um por jogo - marca do artilheiro do amor é a mais difícil de igualar. Vale lembrar, porém, que ele e Alecgol iniciaram suas histórias no Flamengo durante o Campeonato Carioca.

Todos esses dados não entram em campo, mas servem de motivação para Guerrero mostrar neste domingo, mais uma vez, que, com a sua chegada, acabou o caô no clube.

Flamengo, um visitante indigesto

Das seis vitórias conquistadas pelo Flamengo neste Campeonato Brasileiro, todas sob o comando de Cristóvão Borges, quatro aconteceram fora de casa. Acostumados a ter a força de sua torcida no Maracanã como principal arma, os rubro-negros veem a lógica se inverter. Para o treinador, a explicação está na grande pressão por resultados que o time vivia por causa do início ruim na competição.

“Cheguei sob muita pressão e necessidade de ganhar. O adversário sabe disse e joga no nosso erro. O time não tinha ainda a maturidade para aguentar essa ansiedade. Nos últimos jogos em casa, não perdemos, jogamos de forma lúcida, com a torcida apoiando”, disse.

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