Por fabio.klotz

Rio - Oswaldo de Oliveira deu um bico no pessimismo. Nem mesmo o revés por 3 a 0 para o Figueirense o abalou. Sorridente, afirmou que, com a derrota dos concorrentes Inter, Palmeiras, São Paulo e Santos, nada mudou em relação à briga do Flamengo por vaga no G-4 do Brasileiro - está a dois pontos do Peixe. Além disso, em dia de sol escaldante (42 graus), celebrou a volta do astro Guerrero, capaz de iluminar o caminho do Rubro-Negro.

Oswaldo de Oliveira destaca o talento de Guerrero a serviço do FlamengoDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

“Deu saudade do Catar. Era esse calor assim, fiquei 16 anos lá. Muda tudo. No meu caso, que estou iniciando o trabalho, diminuir ritmo não é interessante, mas temos de conviver com o que estamos encarando”, disse Oswaldo, que mostrou confiança na classificação: “Não mudou nada, nossos concorrentes perderam.”

Guerrero está há quatro jogos sem fazer gol pelo Flamengo. A última vez foi na primeira rodada do segundo turno, contra o São Paulo. Pelo Peru, porém, desencantou diante do Chile. Após mais de dez dias longe do atacante, Oswaldo percebe o camisa 9 de ânimo renovado: “O desempenho dele pela seleção e a convicção de que está melhorando da lesão o deixam muito animado. Ele está muito bem para esse jogo.”

O retorno de Guerrero e do lateral-esquerdo Jorge, que cumpriu suspensão na última rodada, foi classificado pelo treinador como importantíssimo. Sobre o centroavante, porém, está a maior carga de responsabilidade. Oswaldo sabe disso e não alivia o peso, embora alerte que até seu principal jogador tem seu limite. Por isso, o time não pode depender apenas dele.

“Guerrero é um craque, único jogador atuando no Brasil que postula à premiação principal do futebol (melhor do mundo pela Fifa). Mas, quando ele não faz gol, fica todo mundo frustrado. Ele precisa aprender a lidar com isso e o grupo também, porque não é o Super-Homem.”

Oswaldo dá de ombros à oscilação

A oscilação do Flamengo é encarada com naturalidade por Oswaldo de Oliveira. Após ganhar seis jogos seguidos, o Rubro-Negro acumula quatro derrotas e apenas uma vitória. O técnico mostra preocupação pelo fato de seu time ser de extremos e, por isso, empatar pouco, mas garante que não vai mudar a forma de a equipe atuar.

“Vamos continuar partindo para cima dos adversários”, disse Oswaldo, que concluiu: “O Flamengo é o mesmo Flamengo. Não mudou nada, os resultados mudam e por isso tem essa instabilidade, que é histórica.”

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