Rio - O Flamengo ganhou um problema, mas aprendeu uma lição. Na análise da diretoria e da comissão técnica rubro-negra, a expulsão de Berrío, que pode tirá-lo da primeira fase da Libertadores, foi exagerada. No entanto, serviu para mostrar que na competição internacional a arbitragem é diferente do âmbito doméstico.
Se o atacante for enquadrado por conduta violenta, pode pegar de três a seis jogos de suspensão, por ser reincidente — ele foi expulso quando jogava pelo Atlético Nacional. Agora, corre o risco de só voltar a atuar nas quartas de final, caso receba pena máxima e o time avance. O vermelho custará R$ 1.800 ao clube.
O clube mandará a defesa por escrito à comissão disciplinar da Conmebol. “Achamos que o árbitro foi rigoroso. O Berrío foi seguro dentro da área, tentou se soltar e atingiu o jogador, que levou amarelo. Por que o Berrío não levou amarelo então? Mas temos que saber que a arbitragem na Libertadores é assim mesmo”, afirmou o diretor de futebol Rodrigo Caetano. “Ele vai cumprir suspensão e depois tem a comissão disciplinar que julga. Ninguém sabe como será depois”, completou.
FUGA NO AEROPORTO
Nesta quinta-feira, no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o atacante usou sua habitual velocidade para fugir da imprensa. Agarrado ao celular, mas sem pronunciar uma única palavra, passou direto pelos jornalistas. Diego, que quase fez um gol de falta, lamentou a possível punição.
“É uma grande perda. Ele vinha numa crescente, mas continuamos com um elenco forte que tem condições de substituí-lo.”
O semblante dos jogadores no desembarque revelava cansaço e abatimento. Rafael Vaz, outro que se dispôs a dar entrevista, adicionou um ingrediente: a irritação, ao ser perguntado se gostava de dar chutão.
“Se a gente tenta dar um chapeuzinho e erra, é culpado. Se dá chutão, é culpado. A gente não sabe o que fazer para agradar. Se nem Deus agradou a todos, quem sou eu para agradar?”, disse.