Rio - A semifinal da Taça Rio contra o Vasco se tornou um inconveniente perigoso para o Flamengo. O anúncio feito ontem pela Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), de que a partida será no Maracanã, amenizou os riscos que, no entanto, ainda não foram calculados pelo departamento de futebol rubro-negro. Somente depois dessa análise é que será tomada a decisão de jogar com time titular ou reserva.
A escolha do Maracanã alivia o peso do desgaste que os jogadores do Flamengo carregam. Desde 8 de março que o time não joga na cidade do Rio. De lá para cá, foram sete viagens: Volta Redonda, quatro vezes, e Santiago (Chile), Brasília e Cariacica, uma cada. A data anunciada na véspera — sábado — também agradou, já que o elenco ganha mais um dia de recuperação.
O regulamento do Campeonato Carioca tirou da Taça Rio a sua essência. Com as semifinais da competição definidas, pouco importa quem será o campeão do returno. Aos jogadores, vale a rivalidade, como ressalta Willian Arão. Na hora de pensar o planejamento, no entanto, é preciso equilibrar razão e emoção.
Alguns questionamentos pautarão a decisão da comissão técnica. O departamento de fisiologia avaliará o risco de lesão. Há, porém, outro fator a ser pesado: os efeitos emocionais de uma eliminação para o arquirrival.
“Todos querem jogar, mesmo tendo outro jogo importante. Ano passado tivemos que nos superar. Jogador quer jogar todas as partidas. Lesão faz parte. Mas, se depender de mim, quero jogar todos os jogos”, afirmou Willian Arão depois do treino no Ninho do Urubu.