Rio - Aproximadamente cinco metros separam a arquibancada do gramado na Ilha do Urubu. A pequena distância permite ao torcedor rubro-negro transmitir sua energia aos jogadores. E tem dado certo. Inaugurado em um momento de pressão no Brasileiro, o estádio já foi palco de duas vitórias do Flamengo — 5 a 1 sobre a Chapecoense e 2 a 0 na Ponte Preta. A nova casa promete ser o impulso que o time precisa para brigar pelo topo da tabela até o fim da competição.
Até a sétima rodada, o Flamengo havia vencido apenas uma vez no Brasileiro (o Atlético-GO), acumulava a dolorosa eliminação na Libertadores e tinha em Zé Ricardo um técnico contestado pela torcida. Mandando os jogos na Ilha, o time marcou sete gols e sofreu apenas um em dois jogos. Os resultados bastaram para mudar o astral entre os rubro-negros.
“Jogar contra o Flamengo é difícil em qualquer lugar, a torcida empurra muito o time. Ela cobra, mas apoia também. Tenho certeza de que, se conseguirmos jogar desse jeito e com raça na nossa casa, dificilmente vamos perder”, afirmou o zagueiro Rhodolfo, recém-chegado do futebol turco e que fez a estreia no time na quinta-feira.
O atacante Guerrero, autor de três gols contra a Chapecoense, aprovou o contato mais próximo com a torcida rubro-negra. “O estádio é lindo, o clima é diferente e a torcida está apoiando sempre. É lindo comemorar gols. Estar perto dessa nação é magnífico. Fico muito feliz”, disse o camisa 9, que não jogou na estreia da Ilha do Urubu, já que estava atuando em amistosos da seleção peruana.
Se a conquista do hepta brasileiro é o objetivo, o Flamengo tem a Ilha do Urubu como forte aliado, já que enfrentará em casa, nas próximas rodadas, alguns dos favoritos ao título. O time encara o Grêmio, no dia 13 de julho, e o Palmeiras, no dia 19 — jogos já confirmados para o estádio.
Nas 36ª e 37ª rodadas, reta final da competição, os rubro-negros terão o mando contra Santos e Corinthians, respectivamente, outros dois potenciais concorrentes ao título.
