Rio - Com propriedade para falar do Flamengo, clube que conhece como a palma da mão, Júnior não economizou nas críticas feitas aos jogadores durante o programa 'Aqui com Benja', da Fox Spots, no último sábado. O ex-jogador e comentarista reconheceu a qualidade do elenco rubro-negro, mas afirmou que eles não tem a dimensão que o time da Gávea possui.
"Falta identidade. Tem muita gente que não tem compromisso, e eles não têm ideia, nem a dimensão do que é a instituição. Eu vejo que hoje a maioria, na verdade, vai jogar nos clubes sem ter a visão. O Diego sabe, enxerga a dimensão", disse o Maestro Júnior.
Em contraponto, o ídolo do Flamengo fez questão de elogiar os garotos vindo da base rubro-negra. Para Júnior, os jovens jogadores vem demonstrando raça e dedicação dentro de campo.
"Eu vejo hoje os garotos se matando, porque eles sabem, eles têm consciência da dimensão que é jogar no Flamengo. Porque quando a fase tá boa, é Aero Fla, se perder e não for pra Libertadores vai virar Terror Fla. Esses caras não vão poder ir no shopping, ir a praia, fazer nada. Porque é assim que funciona", ressaltou o ex-jogador rubro-negro.
Júnior ainda relembrou da primeira partida que fez pela equipe da Gávea e revelou o conselho que recebeu de Liminha, ex-volante, que defendeu o Flamengo entre 1968 e 1975.
"No Flamengo eu aprendi com o Liminha lá atrás em 74, na minha primeira partida, no segundo tempo contra o Madureira no Maracanã, fui dividir e perdi a dívida. Aí o Liminha chegou no final do jogo e me disse: ‘Só vou te dizer um negócio, jogador de defesa do Flamengo que perde dívida, não faz carreira aqui não’. Quer dizer, eu não sei se esses caras tem pessoas hoje pra dar esse tipo de toque", revelou o ex-jogador rubro-negro", revelou.