Rio - Hoje é dia de o rubro-negro vestir sua melhor armadura, ajeitar o capacete e ir à batalha. Ferido pela derrota de 2 a 0 no jogo de ida, no Equador, o Flamengo duela com o Emelec às 21h30, no Maracanã, segundo jogo das oitavas de final da Copa Libertadores. A missão é de super-herói: o time precisa fazer mais de dois gols para avançar na competição. Hora de chamar o Homem de Ferro da Nação.
Fábio Lúcio Santos, de 43 anos, vende picolés na Praia Vermelha e na Urca. Esse é o emprego 'à paisana'. Nos dias de jogos do Flamengo, o morador de Duque de Caxias encarna o Homem de Ferro no Maracanã. "Fiz essa fantasia para vender picolé no Carnaval. Aproveitei e levei para um Flamengo e Madureira, no Carioca, e foi um sucesso com as crianças. Passei a ir em todos os jogos". Mas, e em dias de calor, como faz para suportar o peso da fantasia? "Eu tenho experiência de bate-bola, isso aqui pra mim é fresco", brincou.
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Time fundado a partir de uma empresa de energia do Equador, o Emelec não é nenhum monstro, mas deu seus choques no Flamengo. No jogo de ida, com desfalques, Jorge Jesus escalou um time estranho e saiu derrotado (2 a 0). O herói carioca aposta no fator Maracanã para superar o vilão. "Nada é impossível. Vai ser um caldeirão. A galera empolgou depois da vitória sobre o Botafogo, Apesar dos desfalques, estou confiante", disse o Homem de Ferro.
Gabigol é o super-herói de Jorge Jesus
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Ontem pela manhã, o 'Anjinho Rubro-Negro' levou o padre Heitor Utrini, da paróquia de São Judas Tadeu, para benzer o Ninho do Urubu. É preciso mesmo a ajuda divina, uma vez que o Flamengo não conta com Diego e Vitinho, com lesões graves. Arrascaeta, também lesionado, só entra em campo por milagre. Everton Ribeiro, outro machucado, treinou e pode ser a surpresa da escalação.
Para Fábio, dentro de campo, o jogador que mais lembra seu super-herói favorito é Gabigol. "Ele tem o tipo físico do Homem de Ferro e ainda comemora mostrando os braços. É raçudo. Eu gosto disso", elogiou.
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Na versão original da história, o Homem de Ferro sofre um acidente no qual um estilhaço de bala fica alojado no seu coração. A partir dali se torna um super-herói. Na vida real, Fábio Lúcio foi atropelado por um ônibus há mais de 20 anos, quando era militar da Aeronáutica. Ficou em coma, usou cadeira de rodas por um tempo, jamais deixou de ir ao estádio apoiar o Rubro-Negro. "Sou um geraldino das antigas".
