Lincoln - APLATPOOL1 / Pool via REUTERS
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Por Venê Casagrande
O Flamengo está mesmo disposto a negociar Lincoln com o Pafos. Na tarde desta sexta-feira, a diretoria rubro-negra entrou em acordo com o clube do Chipre e deu aval oficialmente na proposta recebida para vender o atacante: 4 milhões de dólares, cerca de 20 milhões de reais, por 75% dos direitos econômicos, que serão pagos em oito parcelas.

Apesar de o fluxo de pagamento ser em várias vezes, o Flamengo topou porque pedirá ao Banco para antecipar o recebimento desses valores referentes à venda de Lincoln ao Pafos, pois há necessidade de fazer caixa e comunicar à Fiorentina, até o dia 10 de dezembro, que irá exercer a opção de compra de Pedro, avaliada em 14 milhões de euros, em torno de 92 milhões de reais.

Depois de topar a oferta, o Flamengo, agora, tem a missão de convencer Lincoln a aceitar a transferência. Um dos argumentos que será utilizado é que existe a possibilidade de ele atuar no campeonato russo, em um time parceiro do Pafos, pois uma das resistências do jogador e seus representantes é que o Campeonato do Chipre tem pouca visibilidade e um futebol que não é muito disputado.

Os representantes de Lincoln, da empresa TFM Agency, mesmo sem receber a proposta oficial, estão cientes que a oferta chegou ao Flamengo, conversarão com o jogador e com o Pafos para tratar sobre salário e luvas que o atacante receberá durante os quatro anos de contrato, caso aceite a oferta.

Enquanto isso, a diretoria do Flamengo afastou Lincoln do time profissional e o colocou para treinar no Sub-20 nesta sexta, após o jogador ser advertido por se recusar a jogar pela base durante a semana.
Os agentes de Lincoln e a diretoria do Flamengo vivem uma Guerra Fria há tempos, desde quando o vice-presidente de Relações Externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, criticou publicamente o atacante, dizendo que se fosse outro jogador no lance contra o Liverpool a história poderia ter sido diferente. Na ocasião, Vittão, empresário do atleta, emitiu nota oficial e repudiou a postura do dirigente, dizendo que Bap estava no "patamar debaixo".