Rodrigo Dunshee de AbranchesLuciano Belford

Rio - O vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, ironizou o movimento da CBF e dos outros 19 clubes da Série A para impedir que o Rubro-Negro tenha torcida em seus jogos. Em entrevista ao "Seleção SporTV", o dirigente questionou o fato de ninguém ter falado em isonomia quando o clube carioca teve cinco jogadores convocados e disse que o assunto não é de competência da CBF.
"Quando o Flamengo perdeu cinco jogadores convocados e jogou desfalcado, ninguém se preocupou com o equilíbrio do campeonato. Agora surge a preocupação com esse equilíbrio? Quando o Flamengo pediu a paralisação do campeonato quando teve alguns dos seus principais jogadores sendo convocados por suas seleções na Copa América, nenhum clube pensou em isonomia", disse Dunshee.
"É uma questão de coerência. O Flamengo entende que determinados assuntos não são da competência da CBF. Os clubes precisam sobreviver. Eu fico surpreso que a Confederação Brasileira de Futebol esteja trabalhando contra isso. O Flamengo quer fazer esses jogos porque tem uma atividade econômica exercida. Não é normal que o Flamengo aceite passivamente ficar parado sem sua torcida, sem falar a falta que faz a Nação para os jogadores. Esse não é um assunto de regulamento de futebol, é um assunto sanitário da maior importância para o nosso país, para os clubes e para o futebol. Então, acho que foi uma decisão justa e o Flamengo, por uma questão de coerência, não compareceu a reunião porque entende que é sobre o assunto que a CBF não tem competência para tratar”, completou.
A Prefeitura do Rio pretende utilizar os jogos do Flamengo como evento-testes. O Rubro-Negro foi autorizado a ter 35% de torcida no Maracanã contra o Grêmio, pela Copa do Brasil, 40% também contra o Grêmio, pelo Brasileirão, e 50% contra o Barcelona, pela Libertadores.