PabloMarcelo Cortes / Flamengo

Rio - O jogador do Flamengo Pablo Castro e sua esposa, a influenciadora, Suianne Castro participaram do podcast Vaca Cast, apresentado por Evelyn Regly, nesta quinta-feira. Durante o bate-papo, o zagueiro abriu o jogo sobre a carreira e falou sobre sua relação com a torcida rubro-negra. De acordo com Pablo, ele sente mais pressão dos filhos do que dos torcedores.


"Depende, quando as crianças estão dentro de casa numa pandemia para entretê-las é difícil. Mas também tem a torcida do Flamengo, que é muito grande e cobra muito. São duas coisas que tem cobrança, mas acredito que eu sinto que tem mais cobrança com meus filhos, porque eles são a nossa vida e eu tento dar o máximo de atenção possível para eles. Então, acredito que a pressão maior vem deles", brincou Pablo.
Pablo Castro e sua esposa, a influenciadora, Suianne Castro participaram do podcast Vaca Cast, apresentado por Evelyn Regly - Divulgação
Pablo Castro e sua esposa, a influenciadora, Suianne Castro participaram do podcast Vaca Cast, apresentado por Evelyn ReglyDivulgação


Pablo deixou o Lokomotiv Moscou, da Rússia, e foi anunciado em março como reforço do Flamengo até 2025. Sua estreia foi no dia 23 de abril, contra o Athletico Paranaense, em jogo válido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na entrevista, o jogador narrou sua trajetória, passando pelos momentos de pânico da Guerra da Ucrânia até fechar seu contrato com o time da Gávea.

"O Flamengo é um namoro muito antigo. Na época que eu saí do Corinthians, eu tive uma proposta do Flamengo, em 2018, e muitos achavam, até os torcedores do Corinthians, que eu estava fazendo leilão na época, porque eu não tinha renovado o contrato e assim que o Corinthians tinha desistido da contratação eu fui escutar outros clubes. Escutei o Flamengo, a gente fechou o contrato rápido, só que eles tinham que comprar do Bordeaux e já não tinha uma cláusula de venda, porque o Corinthians tinha um valor de compra estipulado de 13 milhões de euros. Então, só o Corinthians poderia pagar esse valor, eu já estava muito valorizado na época. O Bordeux podia decidir quanto eles poderiam me vender, só que eles estavam precisando de mim e não aceitaram a proposta. Quando chegou no final do meu contrato com o Bordeux, teve outra especulação com o Flamengo, só que eu fechei com o Lokomotiv", disse Pablo, que acrescentou:

"No meio disso tudo teve a guerra, que foi uma coisa surreal, porque você tem uma sensação de impotência. É na Ucrânia, mas você não sabe como as coisas iam acontecer daqui pra frente. Como que vou deixar meus filhos saírem da minha casa, irem pra escola, um trânsito infernal que tem em Moscou, dá uma coisa na cidade e eu não consigo nem chegar na escola. Eu tento me prevenir de tudo e decidi deixar a Rússia.

O jogador disse que não conseguiria continuar morando em um lugar que não se sentia seguro e contou que o Lokomotiv não quis facilitar sua saída do clube.

"Eles estavam pensando que eu estava forçando uma saída para ir para outro clube, mas não era isso. Como que eu iria viver em lugar com a minha família onde não me sinto seguro? Eu queria sair da forma mais pacífica possível, conversei com todo mundo, expliquei minha situação e eles entenderam, só que eu precisava, para eu sair de boa para tentar negociar com outro clube, de uma carta de liberação e eles não me deram, mas mesmo assim eu vim embora. Quando vim embora, o Flamengo percebeu que poderia acontecer alguma negociação com valores menores de transferência, porque até um mês atrás era uma absurdo e agora com guerra poderia dar certo e realmente deu tudo certo".

Pablo ainda contou que, quando estava dentro do avião rumo ao Brasil, seu empresário disse que o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, queria conversar com ele.

"Meu empresário disse que o Braz queria me ligar quando eu chegasse, mas eu tinha falado que não, que eu ia até o Rio para conversarmos pessoalmente. Acertamos rapidinho e falei: 'agora é com vocês e vamos pra cima'. É claro que a parte financeira é muito importante, a gente precisa deixar isso bem claro, só que existe um momento da nossa vida, eu como atleta e vendo essa parte atlética e humana, que você tem que entender o seu propósito de vida. Isso vai além do dinheiro", disse Pablo, que comemorou o carinho dos rubro-negros:

"A torcida me recebeu bem demais. A torcida do Flamengo é gigantesca, mesmo jogando fora, parece que estamos em casa. É incrível. A pressão é grande de acordo com o tamanho, às vezes exagerado? Pode ser que sim, mas é uma torcida apaixonante, muito vibrante, calorosa, que recebeu a gente de braços abertos".