Adílio, que faleceu nesta segunda-feira (5), fez história com a camisa 8 do FlamengoPaula Reis / CRF
Adílio é a quarta grande perda do Flamengo em 2024, relembre
Denir, Zagallo e Washington Rodrigues foram outras personalidades marcantes no Rubro-Negro
Rio - A segunda-feira (5) foi marcada por uma grande perda para o Flamengo. Adílio, um dos maiores ídolos da história do clube, morreu aos 68 anos em decorrência de um câncer no pâncreas. Ele é o quarto nome marcante da história do Rubro-Negro que deixou esta vida em 2024.
Multicampeão e o terceiro jogador que mais atuou pelo Flamengo, Adílio enfrentava a doença há meses. Em março, ele havia passado por uma cirurgia de emergência por causa de dores na coluna, que se irradiaram para o estômago e abdômen. Apesar de bem-sucedida, o ex-jogador voltou a piorar e estava internado há duas semanas em um hospital particular na Freguesia, Zona Oeste do Rio.
Adílio defendeu o Flamengo entre 1975 e 1987, atuando em 617 oportunidades. Com 129 gols marcados, ele venceu o Mundial de 1981, maior conquista da história centenária do clube da Gávea, além de uma Libertadores; três Campeonatos Brasileiros e quatro Campeonatos Cariocas.
Depois de mais de uma década defendendo o Flamengo, Adílio deixou o clube em 1987 e atuou por diversos times do Brasil e do mundo antes de se aposentar, em 1997.
Nas redes sociais, o ídolo Rubro-Negro recebeu muitas homenagens de amigos, ex-companheiros, fãs e até dos rivais cariocas. Júnior e Andrade, colegas de equipe na década de 1980 lamentaram a morte do amigo em suas contas no Instagram. Adílio foi o primeiro titular do mágico time de 1981 a morrer.
Atual camisa 8 do clube, Gerson também se manifestou. O meia, inclusive, vai usar o nome de Adílio em sua camisa no próximo jogo, contra o Palmeiras, nesta quarta-feira (7), pela Copa do Brasil.
Denir
A primeira grande perda do Flamengo aconteceu logo no primeiro dia de 2024, quando o lendário massagista Rubro-Negro Adenir Silva faleceu, aos 75 anos, por conta de um câncer no cérebro. Denir, como era conhecido, trabalhou no clube por 42 anos e presenciou os melhores momentos da história do Rubro-Negro.
Um dos funcionários mais queridos pelo elenco e pela torcida do Flamengo, Denir recebeu diversas homenagens de amigos, jogadores e fãs. Flamenguistas ainda confeccionaram uma bandeira com o rosto do massagista, deixando viva sua memória. Antes de morrer, ele estampou os ingressos da partida de estreia do Brasileirão de 2023, contra o Coritiba.
Zagallo
Único quatro vezes campeão da Copa do Mundo e um dos maiores nomes da história do futebol, Mário Jorge Lobo Zagallo morreu aos 92 anos por falência múltipla dos órgãos, no dia seis de janeiro.
O Velho Lobo começou a carreira como profissional no Flamengo e foi tricampeão do Campeonato Carioca entre 1953 e 1955. Ao todo, ele atuou em 218 jogos com a camisa Rubro-Negra. Foi graças as suas boas atuação no clube da Gávea que Zagallo foi convocado para a Copa do Mundo de 1958, onde se tornaria campeão mundial pela primeira vez.
Zagallo se aposentou como jogador em 1964 e iniciou a carreira de técnico. Além de ter sido o responsável pela mágica Seleção de 1970 e conquistar sua terceira Copa do Mundo - a primeira como treinador -, ele ainda faturou a edição de 1994 como coordenador técnico.
No Flamengo, ele foi campeão carioca de 2001, que ficou marcado pelo tricampeonato em cima do maior rival, o Vasco, após um gol de falta marcado por Petkovic aos 43 minutos do segundo tempo. O tento deu a vitória ao Rubro-Negro por 3 a 1 e ficou consagrado como um dos momentos mais marcantes da história do clube.
Apolinho
O radialista esportivo Washington Rodrigues morreu no dia 15 maio aos 87 anos, por conta de um câncer. O apresentador e comentarista da Rádio Tupi estava internado no Hospital Samaritano na Barra da Tijuca e faleceu durante uma partida do seu time de coração. Seu corpo, inclusive, foi velado no salão nobre da sede do clube na Gávea.
Apolinho, como era conhecido, recebeu diversas homenagens, incluindo do Flamengo. O radialista, inclusive, chegou a ser treinador do clube em 1995, mas não teve uma passagem bem-sucedida. Nos últimos momentos de seu velório, os presentes se despediram do radialista ao som do hino Rubro-Negro.
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