Bruno Henrique é investigado por ter recebido cartão suspeitoRenan Areias/Agência O Dia

Rio - O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, ficou extremamente abalado ao ser acordado pela presença da Polícia Federal em sua casa, localizada em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira (5). O jogador é investigado por ter beneficiado apostadores, que seriam seus parentes e amigos, ao receber um cartão amarelo suspeito na partida contra o Santos, no dia 1º de novembro de 2023, pelo Brasileirão.
Acordado por volta de 6h, Bruno Henrique estava na presença de sua esposa, Giselle Ramalho, dos dois filhos do casal e de dois funcionários da casa. Muito apreensivo, o atacante ficou incomodado pela forma como foi tratado e chegou a chorar. Os policiais deixaram o local levando o computador e o celular do ídolo rubro-negro, além de alguns documentos. As informações foram reveladas primeiramente pelo site "ge".
No Ninho do Urubu, que também foi alvo da PF, o quarto de Bruno Henrique foi revistado. Como cada jogador tem uma senha para entrar em seu quarto, ele precisou passar sua combinação a um funcionário para ele abrir o local e acompanhar as autoridades. Após verificarem os aposentos do camisa 27, os policiais deixaram o local sem levar nada.
Ao todo, mais de 50 policiais federais e seis promotores de Justiça do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano, Minas Gerais, Lagoa Santa, Minas Gerais, e Ribeirão das Neves, Minas Gerais. A operação também conta com o apoio do Gaeco de Minas Gerais.

Bruno Henrique pediu para enfrentar o Cruzeiro

Após a Polícia Federal deixar sua casa, Bruno Henrique seguiu para o Ninho do Urubu, onde participou de uma reunião com o departamento de futebol. O atacante pediu ao clube para não ser afastado e ficar à disposição para o jogo contra o Cruzeiro, na quarta-feira (6), em Belo Horizonte, pelo Campeonato Brasileiro. O desejo foi atendido e confirmado em nota oficial divulgada pelo clube, que afirmou ter confiança no atleta.
Além do atleta, a PF investiga parentes de Bruno Henrique. Entre eles o irmão do jogador, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada dele, Ludymilla Araujo Lima; e a prima, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outras pessoas no alvo são Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, residentes em Belo Horizonte, que é a cidade natal de Bruno Henrique. Todos são ex-jogadores ou jogadores amadores de futebol.