Rio - Por incrível que pareça, a eliminação na Taça Rio foi um bom negócio para o Fluminense. Sem a obrigação de jogar a final amanhã, o elenco tricolor terá um raro período de descanso até o jogo decisivo contra o Goiás, quarta-feira, pela Copa do Brasil.
Seis dias livres parecem um período curto, mas é o máximo que o calendário permitiu de preparação em cerca de um mês e meio. Com uma desgastante maratona de 14 partidas disputadas nos últimos 48 dias, Abel Braga enfim volta a ter um tempo para trabalhar com todo o grupo. Afinal, com jogos a cada três dias, o treinador se viu obrigado a escalar um time reserva algumas vezes.
Agora, poderá treinar mais a equipe para conseguir a classificação à próxima fase da Copa do Brasil. “Vamos trabalhar tranquilamente e no domingo de Páscoa os jogadores vão ter folga enquanto o Goiás estará jogando (contra o Atlético-GO pela semifinal do Campeonato Goiano)”, disse o treinador após a derrota por 2 a 1 em Goiânia.
O tempo extra de descanso permitirá ao Fluminense recuperar o atacante Richarlison que desfalcou a equipe por causa de um edema na coxa direita. E Abel Braga poderá testar melhor as mudanças que será obrigado a fazer para o jogo de volta contra o Goiás, no Maracanã.
No gol, Diego Cavalieri está suspenso e será substituído por Júlio César. Na defesa, Renato Chaves não poderá jogar por ter recebido o terceiro cartão amarelo, e Nogueira é a opção para o setor. No ataque, Henrique Dourado, com lesão na coxa direita, ainda será reavaliado, mas já está vetado e preocupa para a sequência decisiva do time. “Pelo que o doutor falou, é lesão grau dois. Henrique está com muita dor e então vai ficar um bom tempo parado”, lamentou o treinador.
Irritação com o juiz
Com tempo até o próximo jogo, a delegação tricolor retornou ontem ao Rio e só treinará hoje. Na bagagem de volta, a confiança na classificação e, principalmente, muita irritação com o pênalti inexistente marcado a favor do Goiás pelo árbitro Marcelo Aparecido. “ O jogador (Aylon, que admitiu ter se jogado no lance) foi infeliz e o árbitro deveria ir para a geladeira. Aquilo foi brincadeira”, reclamou Marcos Junior, que viu outros problemas para a derrota do time por 2 a 1 no Serra Dourada. “Estávamos com o jogo nas mãos, mas perdemos Dourado e Cavalieri, e aí deu uma complicada”, avaliou.