Por marlos.mendes

Rio - Se a situação financeira do Fluminense é muito delicada, em 2018 não deve ser diferente. Com a venda de Richarlison, o corte de gastos e renegociações de dívidas, o Tricolor diminuiu o déficit no orçamento dos R$ 76 milhões previstos para cerca de R$ 50 milhões. O número ainda é bem alto e ajudou a aumentar a dívida total para R$ 440 milhões, mas o grande problema está na arrecadação baixa para a quantidade de gastos.

Pedro Abad Nelson Perez/ Fluminense F.C. / Divulgação

Em reunião do Conselho Deliberativo, na última terça-feira, o vice financeiro do Fluminense, Diogo Bueno, apresentou os números de 2017 e confirmou a arrecadação de R$ 185 milhões, cifras próximas da previsão (R$ 187 milhões). Ou seja, o clube não conseguiu elevar a expectativa, ainda mais com a dificuldade de conseguir patrocínios.

A arrecadação de 2017 é parecida com a de 2015 (R$ 180 milhões) e inferior à de 2016, que contou com R$ 80 milhões extras pela assinatura do novo contrato de TV e chegou a R$ 293 milhões. Mesmo sem as luvas da TV, ainda seria maior (R$ 213 milhões).

Segundo Bueno, para o Fluminense conseguir pagar suas contas, seria necessário alcançar uma arrecadação de R$ 300 milhões, fora receitas extraordinárias com a venda de jogadores (o que poderia aumentar para R$ 330 milhões). O problema é que não há uma solução a curto prazo para obter esse salto tão grande. Segundo o site UOL, um dos planos para aumentar a arrecadação seria a criação de um fundo de investimentos para a captação de recursos com torcedores.

Enquanto esse salto na arrecadação não vem, resta ao Fluminense tentar diminuir ainda mais os gastos, principalmente no futebol. Com isso, jogadores com salários mais altos, como Gum e Diego Cavalieri, podem ser negociados se houver interessados.

 

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