Mário BittencourtLucas Mercon

Rio - O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, bateu-boca com o repórter da Globo, Luiz Teixeira, ao comentar as ofensas racistas sofridas por Gabigol, do Flamengo, no clássico que aconteceu no último domingo. O mandatário tricolor se revoltou, após o comentário de feito que se o Fluminense tivesse um presidente negro, a nota oficial do clube seria diferente. Em seu posicionamento, o Tricolor afirma que irá apurar o ocorrido e chama o caso de supostas denúncias de racismo.
Mário Bittencourt reclamou da abordagem do programa "Redação SporTV" e relembrou o posicionamento do Fluminense em favor das minorias raciais nos últimos anos. "Fomos o único clube com técnico negro e foram dois treinadores: Roger e Marcão. O Fluminense sempre se posiciona de forma firme contra o racismo, por isso, não gostei da forma pejorativa como o clube vem sendo tratado nas últimas horas".
Ao falar sobre a dor do racismo, Mário afirmou que é capaz de sentir a mesma dor, porque é casado com um mulher negra. Após essa fala do presidente do Fluminense, Luiz Teixeira voltou a rebater o dirigente: "Você pode sentir a dor da sua esposa, mas você não sabe o que é sofrer racismo".
Além disso, o presidente Mário Bittencourt voltou a falar que acredita que o vídeo é inconclusivo. O mandatário do Fluminense disse que haverá apuração e que o clube carioca irá buscar punição, caso seja encontrada alguma prova de que o atacante do Flamengo sofreu racismo.
“A gente vai ouvir os seguranças que estavam ao lado do Gabigol, porque eles não tiveram nenhuma reação na hora dos xingamentos. A nossa dúvida é se realmente houve a ofensa racista. Se houve, iremos buscar a punição", disse.