Marlon, ex-atleta do Fluminense, vive momentos de tensão na UcrâniaReprodução/SporTV
Ex-zagueiro do Fluminense revela desespero na Ucrânia: 'É agonizante'
Atleta está abrigado com outros brasileiros num banker de um hotel em Kiev
Rio - O zagueiro Marlon Santos, que atuou no elenco profissional do Fluminense entre 2013 e 2017, vive momentos de tensão na Ucrânia. Em rápido contato com o "SporTV", o atleta, que defende o Shaktar Donetsk desde junho de 2021, está junto de outros brasileiros abrigado em um bunker num hotel em Kiev, na capital do país.
"A gente está num hotel, dentro de um bunker. Com um banheiro só, poucas camas, poucos alimentos. Meu filho e os filhos de alguns jogadores estão começando a sentir falta de leite, fralda. As tropas russas estão se aproximando… A tensão é grande, aqui tem criança pequena, idosos. Nossa tensão é muito grande, está realmente bem complicado. É triste dizer isso, mas tenho que dizer", disse o jogador, que completou:
"Hoje o Junior Moraes teve que ir para a rua para encontrar supermercados abertos e tentar encontrar alimentos. É agonizante a situação. Ele conseguiu encontrar, e graças a Deus voltou. Porque ele é um cidadão ucraniano e brasileiro, ele está medindo todos os esforços para tirar a gente daqui… Chego a ficar tenso para comentar a situação dele porque é delicado. Acredito que como cidadão brasileiro também consiga voltar para casa", disse Marlon Santos.
O zagueiro também fez um apelo à embaixada brasileira na Ucrânia, pedindo que os brasileiros pudessem ser resgatado o mais cedo possível.
"Gostaria de pedir para alguma pessoa da embaixada tome uma atitude oficial, que decretem a nossa situação do que a gente pode fazer, se alguém pode vir buscar a gente no hotel, algum ônibus para levar para alguma fronteira. E pedir entendimento das pessoas. Minha esposa recebeu comentários agressivos no Instagram, outras também falando que fomos avisados. Não fomos avisados. Insistimos em voltar para o Brasil e o clube falou que estava tudo bem enquanto estava tudo ao contrário. Esse é meu pedido, que a embaixada possa se posicionar de uma maneira oficial e as pessoas possam ter um pouco mais de sensibilidade. Não foi decretada a saída de brasileiros de Kiev, por isso que estamos aqui devido a situação do clube e da embaixada", finalizou o atleta.
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