Rio - Depois de três meses, o Maracanã está muito próximo de voltar a receber jogos. Na reta final da reforma do gramado, que agora será híbrido (grama natural reforçada por fibras sintéticas), o estádio terá a primeira partida no próximo sábado, entre Bangu e Flamengo, pela última rodada da Taça Guanabara. O Fluminense, porém, entra em campo nesta quarta-feira pelo jogo de ida da terceira fase da Libertadores. Depois de atuar em São Januário na fase anterior, agora o Tricolor utilizará o Nilton Santos. O fato de não poder atuar em casa gerou debate nas redes sociais.
Em entrevista ao LANCE!, o CEO do Maracanã, Severiano Braga, explicou o motivo de o estádio não estar disponível para o confronto do Flu com o Olímpia, do Paraguai, e esclareceu que o clube não chegou a pedir a liberação. O Tricolor entendeu que haveria um tempo de maturação da grama e, por isso, buscou outras alternativas.
"São duas coisas. Um: o Fluminense não pediu liberação para cá. Dois: o gramado, depois de colocada a fibra, temos de 12 a 15 dias para ficar em ponto de jogo. Coincidentemente, dará os 12 dias (no sábado, data de Flamengo e Bangu). Fizemos os testes na sexta, no sábado, pois o gramado tem sua evolução. Começamos a fibra de um lado e viemos trazendo. Então, fomos acompanhando a evolução do gramado", explicou.
"Tínhamos uma máquina de 8 toneladas passeando no gramado 24h. Fomos entendendo o processo e chegamos aos 12 a 15 dias, mas fizemos os testes. Sempre falamos da semifinal (do Carioca para a reabertura do estádio), mas pode-se fazer uma correlação com o jogador. Quando está no departamento médico, nem é informado a data de volta, mas também não coloca antes da hora. Se está pronto para entrar, vai entrar. Foi o que fizemos. Medimos direitinho, demos de 12 a 15 dias, e estará pronto para os jogos", completou.
Outro fator que constantemente gera dúvidas nas redes sociais é com relação a uma suposta dívida do Fluminense com o Flamengo e o Maracanã. Severiano Braga explicou que não há pendências com o Tricolor e reforçou a ótima relação na atual gestão do estádio.
"Não tem (dívida do Fluminense). O Flamengo e o Fluminense estão rigorosamente em dia com as prestações. Temos um caixa do Maracanã, e o que o Flamengo tem que contribuir ele contribui, o que o Fluminense tem que contribuir ele contribui. Estão todos alinhados e não tem dívida", garantiu.
Flamengo e Fluminense dividem a gestão do Maracanã desde abril de 2019, quando o governador da época, Wilson Witzel, decidiu romper o contrato com o Consórcio que administrava o estádio pelo não pagamento da outorga de R$ 38 milhões por parte do Complexo.
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