Fernando DinizMarcelo Goncalves / Fluminense

Depois da decepção na Sul-Americana, o Fluminense saiu da Argentina direto para Fortaleza, onde bateu o Leão do Pici por 1 a 0 neste domingo, na Arena Castelão. Após a partida, o técnico Fernando Diniz exaltou a doação dos jogadores em campo e explicou a postura da equipe. Além disso, criticou a atuação do VAR ao anular o gol de Germán Cano que seria o segundo do Flu por impedimento. O lance foi bem ajustado.
"Jogar aqui com a logística que tivemos que fazer... foi uma partida pesada na quinta-feira, tivemos que nos recuperar para vir aqui enfrentar calor e campo pesado. Gramado péssimo. O time se comportou de maneira excelente dentro daquilo que poderia fazer. Nossa ideia era marcar o Fortaleza e outros times mais alto, bem mais alto. Mas quando a marcação não encaixa é por falta de hábito e treino. Era um time acostumado a jogar de outra forma. Por não encaixar como gostaríamos, o Fortaleza empurra para trás", disse.

"O time inteligentemente foi mais para trás do que o Fortaleza gostaria. Ficou uma carência de espaço. Teve todo volume de chegadas, mas chances claras é muito parecido. Quando conseguimos trocar passes, saímos com bolas limpas e com mais clareza do que o Fortaleza. Soubemos jogar com inteligência, sobretudo com vontade e dedicação. Merecemos a vitória. Vocês sabem que poderia ser 2 a 0 porque foi um gol pessimamente anulado", completou.
Invicto nos seis jogos no comando do Flu com quatro vitórias e dois empates, Diniz ainda não conseguiu mostrar o estilo característico de jogo com mais posse de bola. O treinador afirmou que o plano B da equipe é justamente saber se defender melhor.

"Eu acho que o Fluminense soube aproveitar os espaços porque fez um gol e marcou outro que não estava impedido. Uma pena porque foi uma jogada extraordinária do Caio Paulista com passe do Wellington. Dois jogadores que merecem ser exaltados depois que eu cheguei. O Fluminense poderia jogar de uma maneira mais plástica, os times que eu treino normalmente equilibram mais a posse de bola. A gente sempre vai tentar fazer isso, a ideia é essa. Mas temos um plano B muito bem elaborado que é saber se defender bem."
Diniz ainda falou sobre a postura mais recuada da equipe após o gol de Luiz Henrique ainda aos oito minutos do primeiro tempo. Mesmo com as 23 finalizações do Fortaleza, sendo oito no gol, o treinador tricolor acredita que os adversários não assustaram tanto.

"O jogo começou muito equilibrado, conseguimos encaixar a marcação mais alta e fizemos o gol. Quando se marca o gol existe uma naturalidade nos times de recuar de uma maneira instintiva, que eu não gosto de fazer. O time ficou um pouco dividido entre saber se ia pressionar ou se defender. Quando fica nessa situação é onde é mais perigoso e onde o Fortaleza causa mais dano. Embora não pareça, ficou mais controlado. Eles tiveram volume, posse no ataque, mas chances claras foram quase nenhuma", explicou.

Com o resultado, o Fluminense vai ao sétimo lugar no Brasileirão, com 11 pontos em sete jogos. Agora, o Flu tem o Oriente Petrolero (BOL) pela frente na quinta-feira, às 21h30 (de Brasília), e precisa de um milagre para avançar na Sul-Americana. É necessário que Junior Barranquilla (COL) e Unión Santa Fe (ARG) empatem, além de o time carioca vencer por seis gols de diferença. Diniz não deixou claro se pensa em poupar por conta da dificuldade de classificação.

"Vamos pensar no próximo jogo. Conversar com os jogadores. O Fluminense tem chances de se classificar, então vamos ver qual estratégia usar. Iremos conversar internamente e na conversa com os jogadores também ajuda a definir quem vai atuar", finalizou.