Mário Bittencourt é a favor de divisão mais justa das cotas de TV do BrasileirãoMarina Garcia / Fluminense

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, voltou a defender uma distribuição mais justa das cotas de TV do Brasileirão a partir de 2025. O dirigente aproveitou a divulgação de um relatório da Premier League, sobre arrecadação com direitos de transmissão na última temporada, como argumento.
Pelos números divulgados, o campeão do Campeonato Inglês, Manchester City, recebeu 153,1 milhões de libras (cerca de R$ 898,4 milhões) do total de 2,5 bilhões de libras (R$ 14,9 bilhões). Já o Norwich, último colocado, ganhou 100,6 milhões de libras (R$ 590,7 milhões), o que faz a diferença média máxima entre a arrecadação dos 20 clubes ser de 1,5, a menor entre as principais ligas.
"A Premier League publicou detalhes dos pagamentos de TV aos clubes para a temporada 2021/22. Estes totalizaram £ 2,5 bilhões, variando de £ 153 milhões para campeões a £ 101 milhões para o 20º colocado (a primeira vez que o último clube recebeu mais de £ 100 milhões). Isso explica o porquê do Fluminense fazer parte da Liga Forte Futebol e defender ao lado de outros 24 clubes a distribuição mais justa de cotas numa futura Liga Nacional", escreveu o presidente do Fluminense.

Como funciona a divisão

Do total recebido pela Premier League de cotas de TV, 69% do valor são divididos igualmente pelos clubes. Já a posição no Campeonato Inglês representa outros 17%, enquanto apenas 14% são relativos à quantidade de jogos transmitidos pela TV.

Ligas buscam um acordo

O tema de distribuição de cotas de TV tem sido a principal discussão entre as duas ligas criadas para tratar de uma futura organização do Brasileirão.
A Forte Futebol, que tem o Fluminense entre os integrantes, é a favor de maior proximidade entre as arrecadações, no formato: 45% divididos de forma igualitária, 30% sobre performance e 25% por apelo comercial. E que a diferença máxima entre os clubes não ultrapasse 3,5 vezes. Já a Libra, defende maior diferença: 40%, 30%, 30%.