Bruninho e Mauricio Souza mergulham para salvar a bola no eletrizante e dramático confronto com a ArgentinaAFP

Tóquio - Se a seleção masculina de vôlei precisava de uma chacoalhada em Tóquio, a vitória de virada sobre a Argentina por 3 sets a 2 (19/25, 21/25, 25/16, 25/21 e 16/14), nesta segunda-feira, na Ariake Arena, cumpriu o objetivo e marcou a estreia dos atuais campeões olímpicos no Japão, segundo o capitão, Bruninho. O levantador, que chegou a ser substituído após um início de jogo ruim, usou a analogia do boxe, outro esporte campeão no Rio-2016, para citar a reação do Brasil em quadra. 
"Chegamos ao campeonato. Precisávamos estar nas cordas. Fomos para as cordas mesmo. No primeiro set, não dá para tirar o mérito da Argentina. Eles estavam defendendo com muita intensidade. Nossa intensidade poderia ter sido maior. Eu me perdi no segundo set, escolhi errado, tive imprecisões e tive que sair. Mas isso mostrou mais uma vez o mais importante, que é o grupo. Todos entraram em quadra e jogaram. Nosso diferencial sempre foi esse", disse Bruninho.
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Nada dava certo. Assim como no confronto com a Tunísia, o Brasil teve dificuldade de embalar. No caso da Argentina, o conhecimento sobre as características dos jogadores e do modelo de jogo de Renan Dal Zotto trouxe contornos de drama ao clássico. Foi o caso de Bruninho, que, com a mão descalibrada, deu lugar a Cachopa, do Cruzeiro. Do banco, foi um 'auxiliar' de luxo para Dal Zotto e, com uma nova leitura, voltou para a quadra para liderar a reação e municiar Leal, maior pontuador, com 16, Lucarelli e Wallace, ambos  com 14.
"Trabalho muito a parte mental para isso, para esses momentos. De entrar muito mal numa partida, de o jogo não funcionar. Ter que sair, enxergar o jogo de fora e continuar mentalizando as coisas positivas que a gente tem que fazer. É um trabalho que eu venho fazendo. É uma coisa que o levantador precisa. Mesmo quando ele não está bem, ele precisa voltar e mudar. Eu acho que a maturidade e a experiência ajudaram para isso", avaliou o camisa 1.

O Brasil volta à quadra para enfrentar a Rússia na próxima quarta-feira, às 9h45.