Usain Bolt AFP

Rio - O ex-atleta jamaicano, Usain Bolt, se aposentou do atletismo em 2017, mas aos 34 anos, em entrevista ao portal "GE", confessou ter cogitado a abandonar aposentadoria há alguns meses antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. No entanto, o treinador Glen Mills, que esteve com ele nas conquistas mundiais e olímpicas, não aceitou retornar.
"Quando comecei a ver o trabalho e a energia de todos nas competições fiquei empolgado, porque eu gosto muito do esporte. Mas aí fui perguntar para meu treinador: 'Vamos?' E ele disse que não topava", disse o ex-atleta.
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Bolt diz que mantém "esperanças" de que alguém apareça para preencher o vácuo da aposentadoria. "Existe um vácuo que precisa ser preenchido. Espero que alguém apareça. Mas eu sempre expliquei para todos que não é só porque era rápido que as pessoas me amavam.
E, sim, também por causa da minha energia, o amor que tinha pelo esporte e as performances que protagonizei. Como depois das provas, com toda a energia que compartilhava com o público. É disso que o povo gosta".
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Devido à pandemia da covid-19, as arenas estarão fechadas para evitar a disseminação em Tóquio. Questionado sobre ausência do público, Bolt disse que não será fácil para os atletas.
"Será um obstáculo para os atletas, mas eles precisam se concentrar no que é necessário fazer e lembrar da jornada que passaram para chegar até Tóquio. Olimpíadas sem público serão estranhas, mas façam o que tiver de ser feito".
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Diante dos Jogos Olímpicos, o ex-atleta disse que está "ansioso" para acompanhar o torneio, principalmente as provas de atletismo, dessa vez, dentro de casa.
"Estou tranquilo por apenas assistir as provas e ver o que acontece. Vou relaxar no meu sofá, tomar uma cerveja e ver o máximo de provas que eu conseguir. Eu desejo o melhor para os atletas jamaicanos, espero que eles consigam ser dominantes como no meu tempo.
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Estou me programando para tentar ver todas as finais. Pode ser que não consiga ver todas as eliminatórias, mas prometo me esforçar, porque sei que o nível estará altíssimo", disse Bolt.
Bolt aproveitou para comentar sobre as sapatilhas tecnológicas para os atletas correrem mais rápido, que provocou muito polêmica. Quanto a isso, Bolt disse que os seus recordes mundiais conquistados seriam "ridículos".
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"Meus recordes mundiais seriam ridículos. Eu provavelmente correria 9.3 segundos nos 100m e 18s nos 200m. As pessoas sempre vão tentar encontrar maneiras inovadoras de correr rápido".
O ex-atleta Usain Bolt, durante a carreira, conquistou oito medalhas de ouro em três edições dos jogos: Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além de ter sido 11 vezes campeão mundial e até hoje recordista nas provas de 100m e 200m.
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