Responsável pela reformulação do Vasco, Passáro acredita que a equipe vai deslanchar na Série BRAFAEL RIBEIRO/Vasco

Por O Dia
Rio - Com 38% de aproveitamento na Série B do Campeonato Brasileiro, o Vasco, 11º colocado, com sete pontos, está distante do líder Náutico, que soma 16, e da paz. A derrota para o Cruzeiro, por 2 a 1, quinta-feira, no Mineirão, voltou a expor a oscilação de uma equipe que ainda não convenceu o torcedor. Cada vez mais contestado, Marcelo Cabo já não é considerado mais unanimidade na Colina, mas ainda conta com o respaldo da diretoria. É o que garante Alexandre Pássaro.

Nesta sexta-feira, diretor executivo de futebol se manifestou sobre o momento delicado momento do Vasco, em cinco vídeos divulgados pelo clube. Na quarta participação na Série B, o Cruzmaltino tem o pior início nas seis primeiras rodadas, com duas vitórias, um empate e três derrotas em seis jogos. Embora tenha elogiado o trabalho de Marcelo Cabo, o dirigente reconheceu que o confronto com o Brusque, domingo, às 21h, em São Januário, pode ser um divisor de águas.
"A relação do (Marcelo) Cabo comigo, com o presidente e com os jogadores é saudável. Não tem jogador aqui que mina o trabalho do treinador. Os jogadores confiam no Marcelo Cabo. Eles buscam em conjunto por soluções. A gente não quer mais que só a performance seja boa. Isso não basta. Queremos resultados positivos. Temos a necessidade de pontuar e acreditamos no Marcelo. No domingo é jogo-chave para mostrar como será o nosso campeonato daqui para frente", avaliou Pássaro.
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Domingo, mesmo sem a presença do público, devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, o Caldeirão promete ferver. Uma resposta imediata e dentro das quatro linhas é cobrada por todos. No penúltimo jogo em São Januário, no dia 16 de junho, Bruno Gomes e Léo Jabá tiveram os carros atingidos por pedras por torcedores na saída do clube. Sob pressão, o Cruzmaltino, que repudiou os atos criminosos de vandalismo, segue confiante na volta por cima.

"Não é a primeira e nem a última vez que a gente convive dentro do departamento de futebol com a pressão e com esse desejo em massa de troca de treinador. Nem sempre isso se mostrou correto. Ou produtivo. Aqui no Vasco, se pegar o passado recente, mesmo sem citar nomes, a gente sabe o que ocorreu. O que acontece não é nada diferente do que ocorreu nos últimos anos. Se pegarmos exemplos, aqueles clubes que conseguiram furar essa onda e passar para o outro lado são os que têm hoje maior estabilidade. Tentamos fazer isso aqui. Ninguém vai arriscar resultado e tabela em troca de um ideal de manutenção de treinador. Aqui nos preocupamos com a missão de subir na tabela", disse Pássaro.
Confira outras repostas do dirigente:
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Análise do trabalho

"Avaliação do trabalho é muito difícil, no qual nos foi entregue um cenário complicadíssimo lá em fevereiro. Com o rebaixamento e com a quantidade de salários atrasados que tínhamos. Complicado não só para o futebol, mas para a gestão em si. Nesses quatro meses, muitas das coisas que se imaginavam difíceis de serem feitas, a gente conseguiu dar bom andamento. A reformulação do elenco, a credibilidade que trouxemos de volta ao Vasco nas notícias, no relacionamento com os jogadores e com clubes. É lógico que a gente persegue ainda melhores resultados, uma sequência de resultados. O Vasco tem de parar de oscilar, isso nos custa na classificação. A Avaliação é crítica e diária. A todo momento a gente vê quais pontos temos de atacar para termos performance e resultados dentro de campo. A gente tem uma grande evolução na parte administrativa e uma evolução, sim, na parte de futebol, mas que ainda precisa ser acelerada. A gente não tem mais tempo a perder".

A relação com presidente Jorge Salgado

"É muito boa assim como com os demais vices. Tudo o que foi prometido... A relação é de muitos trabalho e de convicção no que fazemos do que em promessas. Tenho tido condições e respaldo no trabalho. O presidente está no CT pelo menos uma vez por semana. Hoje mesmo, ele conversou com o Marcelo Cabo. Todas as pessoas que estão alinhadas com isso entendem e valorizam todo o trabalho que está sendo feito. Sabendo, claro, que esta área sempre vamos precisar de ajustes. Eu também sei que o futebol tendo resultado positivos, tudo no clube tende a ocorrer da melhor forma".

Reforços

"O Vasco não vai destruir e reconstruir um time nesse momento da temporada. Era o que era feito, com jogadores chegando a todo momento. Mesmo com carências, o Vasco tem uma equipe com condições de fazer mais do que tem feito. Os times que ganharam da gente tinham mais carências do que esse elenco aqui. Isso frustra. Antes de achar que a solução está fora do clube, temos de cobrar internamente. A mim e ao Marcelo. Precisamos de melhores resultados. Estamos atento ao mercado. Atualmente, a janela está fechado e só podemos contratar atletas de Série A ou B com seis jogos no máximo. Em agosto, o leque fica melhor. Não vamos esperar agosto para se mexer. Estamos nos cobrando aqui dentro. Temos de resolver a performance e o resultado que não está sendo entregue para depois agregar algo. E não o contrário".