Marcelo MattosCarlos Gregório Jr. / Vasco
O laudo atesta que o Vasco negligenciou o tratamento de Marcelo Mattos. O jogador foi operado precocemente, somente dois dias após a lesão, sentiu muitas dores no pós-operatório e retornou aos treinos em quatro meses. O prazo mínimo seria de seis meses. Essas decisões teriam desencadeado outras lesões que causaram redução de mobilidade no joelho do volante. Além disso, esse quadro pode ter desenvolvido depressão, vitiligo e artofibrose, sequelas alegadas por Marcelo Mattos. O documento foi assinado pelo perito Paulo César Weiss Campos.
"O laudo trouxe uma novidade, algo que eu não tinha me atentado. Ele apontou que a cirurgia foi realizada dois dias após a lesão. Não época eu não me liguei. Agora as coisas estão batendo. Tinha que desinchar o joelho antes da operação. Três dias depois da cirurgia fui parar no hospital. Eu não conseguia ficar em pé, minha perna latejada, sentia um líquido e fui para o hospital. Estou revoltado. Achava que tinham errado o prazo da volta. Mas isso não tem condições. É claro que os médicos sabiam. Fiz cinco cirurgias, peguei uma bactéria no joelho, corri risco de vida, uma cirurgia dessas poderia ter desandado. Foi uma irresponsabilidade muito grande o que fizeram comigo. A Justiça está sendo feita. Estou mais aliviado", disse.
Marcelo Mattos rompeu o ligamento cruzado anterior, passou por cinco cirurgias e ficou quase três anos sem entrar em campo. Nesse período, teve o contrato renovado duas vezes. Quando retornou aos gramados, fez apenas um jogo antes do fim do seu vínculo, em 2019. Após deixar o clube carioca, o ex-jogador teve passagens curtas e sem sucesso por Santa Cruz, Dom Bosco (MT) e Bangu, mas praticamente não entrou em campo.
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