Sócios e executivos da 777 Partners conheceram o CT dos profissionais do Vasco em marçoRafael Ribeiro/Vasco

Por causa de uma dívida com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), o Vasco não teve o pedido de registro da SAF aprovado. A informação foi divulgada primeiro pelo 'GE' e confirmada pelo DIA.
No Balanço Financeiro referente ao ano de 2021, divulgado pelo Vasco em abril, o clube reconheceu uma dívida com a Ferj de R$ 6,8 milhões. O documento informa que a maior parte do valor é de 2017, ano em que o presidente era Eurico Miranda.
"São valores devidos, em sua quase totalidade, por pagamentos efetuados pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) para despesas operacionais de jogos de futebol, principalmente no exercício de 2017, que não foram ressarcidos à Federação quando da ocorrência dos referidos eventos esportivos, não possuindo taxa de juros contratual. O clube está negociando a forma de pagamento da dívida".
O Botafogo, que já é SAF, também teve que pagar as dívidas com a Ferj para registrar a empresa. Essa determinação consta no artigo 8º do regulamento da entidade
"No caso de constituição e registro da SAF na 1ª e 2ª Modalidades, haverá a necessidade de regularização de todos os débitos existentes em nome do clube original, além do pagamento da taxa prevista caso haja alteração da sede do município no ato da transformação".
O Vasco luta contra o tempo para finalizar o processo de transição e transferir 70% das ações da SAF para a 777 Partners. A estimativa otimista do clube é de que isso aconteça até o dia 5 de setembro, porém com esse impedimento do registro, pode ser que demore alguns dias para se resolver.
Sem o registro na Ferj, o Vasco não consegue registrar a SAF na CBF e nem transferir os ativos do futebol do clube (jogadores, por exemplo) para a empresa. Isso atrasa a entrada efetiva da 777 Partners e também o investimento de R$ 120 milhões, que serão injetados ainda neste ano. No contrato, o grupo norte-americano se comprometeu a investir R$ 700 milhões em três anos, além de assumir R$ 700 milhões em dívidas do clube.